No Dia Mundial sem Carro, comemorado nesta terça-feira (22), reunimos algumas iniciativas que mostram a viabilidade de criar cidades para pessoas
Conheça cidades que já testam soluções para a mobilidade urbana e celebram o Dia Mundial sem Carro o ano inteiro
Encontrar uma nova mobilidade para as cidades é a máxima de governantes e cidadãos. O redesenho de ruas, o uso de aplicativos e outras tantas ideias buscam estimular as pessoas a deixar o carro em casa. No Dia Mundial sem Carro, comemorado nesta terça-feira (22), reunimos algumas iniciativas que mostram a viabilidade de criar cidades para pessoas.
Copenhague
Há 40 anos, o trânsito de Copenhague, na Dinamarca, era muito intenso e caótico. Hoje, mais da metade de sua população vai ao trabalho diariamente de bicicleta. A cidade criou zonas exclusivas aos pedestres nos anos 60, no centro da cidade, e as car-free zones (zonas livres de carros) se espalharam nas décadas seguintes. O município tem, atualmente, mais de 400 km de ciclovias, e novas rodovias para bikes estão sendo construídas para alcançar os bairros periféricos. A cidade tem uma das menores taxas de propriedade de automóveis de toda a Europa.
Hamburgo
A cidade alemã construirá a Rede Verde nos próximos 15 ou 20 anos e unirá parques ao longo da cidade, tornando qualquer lugar acessível por meio de caminhadas ou trajetos de bicicleta. A rede se estenderá sobre 40% da área total do município. Além disso, a rodovia A7, conhecida pela superlotação, também será coberta por parques – assim, bairros que dificilmente podem ser atravessados a pé ficarão mais atrativos para os cidadãos.
Helsinki
A capital finlandesa Helsinki fará um novo plano diretor, em que os subúrbios dependentes de carros serão transformados em comunidades mais acessíveis para pedestres. Essas regiões serão ligadas à região central por transporte público de alta velocidade. Um novo aplicativo, ainda em fase de testes, possibilitará que os cidadãos chamem instantaneamente uma bicicleta compartilhada, carro, táxi ou encontrem, ainda, a estação de trem ou ponto de ônibus mais próximos. Em uma década, espera-se que carros sejam totalmente desnecessários.
Madri
Madri, na Espanha, já baniu grande parte do tráfego de automóveis de certas ruas e, neste mês, as zonas livres de carros se expandirão ainda mais. A ideia é que nos próximos cinco anos, as zonas aumentem mais de uma milha quadrada. Outra iniciativa é refazer o projeto das 24 ruas mais movimentadas da cidade para que sejam exclusivas para pedestres. Além disso, donos de carros que mais poluem terão valores de estacionamento mais caros.
Milão
A italiana Milão já testa uma nova forma de manter os carros longe do centro. Quem deixar o veículo em casa ganhará incentivos financeiros para utilizar o transporte público. Um aparelho conectado à internet, instalado no painel do automóvel, rastreia sua localização, para que ninguém trapaceie. A cada dia que alguém deixa o carro em casa, a prefeitura envia um voucher, sempre no mesmo valor, que pode ser usado como passagem no ônibus ou trem.
Paris
Ano passado, quando os níveis de poluição aumentaram em Paris, a capital francesa realizou um rodízio por um breve período de tempo. Com isso, as taxas caíram cerca de 30%. O plano agora é não incentivar os carros. Até 2022, planeja-se dobrar o número de ciclovias na cidade, tirar de circulação carros movidos a diesel e determinar que apenas veículos elétricos ou pouco poluidores circulem em algumas ruas movimentadas. Em 2001, 40% dos parisienses não possuíam carros. Hoje, esse número é de 60%.
Palco da COP-21, em dezembro deste ano, Paris fechará as principais avenidas para veículos no dia 27 de setembro. A ação é inédita e acontece para estimular a mobilidade sustentável. Nenhum veículo motorizado será autorizado a conduzir pelas ruas, com algumas exceções, como ambulâncias e viaturas policiais. As áreas sem tráfego incluem 11 bairros (do 1º ao 11º arrondissement), e os mais conhecidos pontos turísticos, como a avenida Champs-Élysées, a Praça da República e de Stalingrado, a Praça da Bastilha e toda área ao redor da Torre Eiffel e do Bosque de Boulogne.
(Com informações das revistas Fórum e Exame)
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