Cooperação entre Governo de Minas Gerais, BID e Instituto Inhotim foi assinada durante a COP21
Foi anunciada nesta terça-feira (1º) em Paris, na França, como parte da programação da COP21, uma parceria entre o Governo do Estado, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Instituto Inhotim. A cooperação tem como objetivo reforçar o conceito inovador do Inhotim como um modelo que alia proteção de uma área com forte valor biológico e climático ao desenvolvimento sustentável, envolvendo os setores público e privado.
Uma das estratégias do BID de internacionalização e sensibilização da mudança do clima é a criação de uma exposição virtual, chamada informalmente de 25º Pavilhão do Inhotim, com enfoque fundamental na temática clima. Essa exposição será levada a vários países, a princípio nos parceiros do BID.
O projeto é composto de três áreas: uma estratégia global de sensibilização à mudança do clima, um componente específico de gestão estratégica e ferramentas de sustentabilidade da instituição.
“O BID procura um modelo de desenvolvimento para a América Latina que inclui indústria criativa, parceria público-privada, desenvolvimento sustentável, conservação da biodiversidade e combate à mudança do clima, e tudo isto está reunido em um só local que é o Inhotim”, explica o especialista em mudança do clima do BID, Thiago de Araújo Mendes.
O MuseuO Inhotim tem 2.000 hectares de área e hoje estão ocupados apenas 200 hectares. São 24 pavilhões, um jardim botânico e a maior coleção de arte contemporânea a céu aberto do mundo. Para este projeto o BID está aportando US$ 700 mil no instituto e espera construir uma plataforma de discussão sobre adaptação da biodiversidade frente ao desafio da mudança do clima a partir da experiência do Inhotim.
A ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira participou do anúncio da parceria e destacou o grande desafio da conservação da biodiversidade, e, nesse aspecto, as pesquisas desenvolvidas no Inhotim são extremamente importantes. “Temos aqui um super projeto e destaco a importância do anúncio ser feito aqui na COP21 para que a visibilidade seja grande”, disse a ministra.
Para o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade, o Inhotim é um orgulho muito grande para os mineiros por ser um local onde o meio ambiente e a cultura estão integrados. “Em uma região mineradora, foi montado o Inhotim, mostrando de maneira exemplar toda a capacidade cultural e ambiental”, disse.
O secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, afirma que já é possível pensar em uma ampliação desta parceria, tendo em vista a importância do projeto do Inhotim, da sua permanência e possibilidade de exportação.
“A nova postura do Estado é de não só observar o projeto, vê-lo como um Ouro Preto do século XXI, mas se inserir nele como parceiro, inclusive fazendo parte do conselho.
Estamos envolvidos e preocupados com a sua sustentação definitiva e também com a sua ampliação”, disse.O secretário anunciou que está sendo fechado um acordo entre o Governo e o Instituto para a manutenção da Fazenda Boa Esperança, uma propriedade do Estado que será transformada em área de conservação.
Distante 40 km do Inhotim, sua manutenção ficará a cargo do instituto e poderá abrigar obras de arte e cursos de formação de restauradores.
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