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O desafio de construir um centro de sustentabilidade no interior de São Paulo

28 de junho, 2015

Sítio Saramandala busca doações para projeto Casa de Barro: centro de sustentabilidade, local de ensino de construção coletiva e voltado para pessoas interessadas em técnicas de bioconstrução

O Sítio Saramandala será um espaço destinado à divulgação e execução de práticas sustentáveis

O sonho de ter uma sede capaz de receber pessoas interessadas em técnicas de sustentabilidade levou o gestor ambiental Felipe Toledo e a bióloga Jéssica Cubas a idealizarem o projeto “Casa de Barro: centro de sustentabilidade”. A ideia dos dois é mostrar às pessoas que, sim, é possível mudar os hábitos cotidianos e viver sem agredir a natureza. A casa projetada pelos dois será construída noSítio Saramandala, espaço onde será possível trabalhar conceitos de agroecologia, horticultura orgânica, bioconstrução, sustentabilidade e ecologia. O sítio está localizado no município de Sarapuí, no interior de São Paulo.

“Queremos ter um espaço diversificado. Durante a construção, contaremos com a ajuda de amigos e voluntários que tenham interesse em construir uma casa com suas próprias mãos”, comenta o idealizador Felipe Toledo. No sítio, já foram feitos beliches de bambu para receber as pessoas, além de um alojamento de tijolos ecológicos, telhas recicladas e janelas de bambu. Para as construções, serão utilizados materiais encontrados próximos ao local, como pneus, bambus e terra para fazer a tinta. Segundo Toledo e Cubas, a compra de materiais é a última alternativa. O objetivo é construir o centro de sustentabilidade reaproveitando tudo o que for possível.

A casa de barro será feita com uma técnica de baixo custo de bioconstrução chamada hiperadobe, que utiliza terra ensacada para erguer as paredes. Os sacos com terra são colocados em fileiras até que a estrutura fique pronta e, ao contrário da modalidade superadobe, não é utilizado o arame farpado como elemento de contenção. A escolha do modo de construção teve como fundamento não agredir o meio ambiente, como acontece nas obras convencionais. Além de ser sustentável, a casa de barro proporciona conforto térmico e boa resistência ao vento, chuva e desgaste natural.

Com a obra finalizada, acontecerão atividades voltadas à sustentabilidade, bioconstrução, agroecologia, espiritualidade, saúde e bem-estar. “Teremos finais de semana de vivência, além das atividades práticas. É importante lembrar de que o processo de aprendizagem começa desde a primeira parede da casa”, declara Toledo. Para a divulgação nas redes sociais, será feito um documentário que mostrará cada etapa do projeto (com foco na técnica de hiperadobe) para ampliar o o conhecimento sobre permacultura e mostrar alternativas sustentáveis para a sociedade.

A construção ainda não foi iniciada. Até agora, os organizadores concluiram a terraplanagem do local onde a casa será levantada. Para que o sonho se realize, os dois contam com as doações de colaboradores por meio da plataforma de financiamento Catarse. Com o dinheiro arrecadado, será possível comprar bobinas de sacos, batentes, janelas, portas, tábuas de madeira e tudo que o precisarem para que o objetivo seja alcançado.

Estrutura da casa

A casa terá um hall, sala, cozinha, dois quartos, uma suíte, lavanderia, caramanchão, platô com acesso para o teto verde, divisórias e biombos feitos com bambu. Os banheiros do centro serão do tipo secos, ou seja, os dejetos coletados serão misturados com palhas, serragem, folhas secas e terra para serem posteriormente utilizados como adubo.

A bacia de evapotranspiração (BET) sistema que trata a água negra (usada em banheiros convencionais) com folhas de bananeiras e taiobas também é parte do projeto. Além de tudo isso, a casa terá o formato parecido com o de uma flor. No telhado, onde será construído o teto verde, serão cultivadas plantas e hortas, o que tornará o local mais fresco e arejado.

Como ajudar

O objetivo é chegar a 22.215 reais Você pode contribuir com valores a partir de 10 reais pelo Catarse. As doações terminam no segundo semestre de julho. Se você tem interesse em colaborar financeiramente ou diretamente na construção da casa, entre em contato com os idealizadores do projeto.

Foto 2: Felipe Toledo

Via Namu – namu.com.br

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