Piscinas naturais não são só aquelas formadas espontaneamente em algumas regiões próximas ao mar. Elas são também uma alternativa ecológica à piscina convencional, que requer cloro e outros produtos químicos em sua manutenção.
A principal diferença é a substituição desses produtos químicos por um processo de filtragem natural, feito através de plantas e microorganismos aquáticos. Para funcionar, a piscina natural precisa ter uma área com plantas separada e um pouco mais alta do que a área de banho, para que a água filtrada caia naturalmente e volte para a região das plantas através de um sistema de bombeamento.
A bomba utilizada na piscina natural costuma gastar menos energia do que a bomba da piscina comum, sendo que algumas empresas prometem um consumo aproximado similar ao de uma lâmpada incandescente de 100W. Mas essa não é a única vantagem das piscinas naturais.
Outras vantagens, além da inexistência de produtos químicos que agridem a pele e a saúde e o baixo consumo de energia, são amanutenção facilitada e o reduzido gasto de água, já que é preciso fazer uma limpeza apenas anualmente e a água a ser reposta é apenas a que se perde por evaporação.
O visual da piscina natural pode ser mais rústico, com pedras e areia, por exemplo, imitando um lago, ou então manter o aspecto da piscina tradicional, porém com uma área de plantas a mais. A tonalidade da água, de qualquer forma, tende a ficar esverdeada devido à presença dos organismos naturais.
A primeira preocupação que costuma vir à cabeça de qualquer um quando se fala de piscinas naturais é: “Mas fica limpa mesmo?”
Quanto a isso, existem algumas variáveis. A qualidade de execução da piscina, que deve ser feita por pessoal especializado, que sabe escolher as espécies de plantas e microrganismos adequados a cada situação e também construir a piscina da melhor forma. E também a presença ou não de animais na água como peixes ou patos. Se existirem esses animais, a água obviamente fica com mais resíduos do que quando eles não estão lá. No entanto, podem ser utilizadas algas ou outros elementos para realizar a limpeza de maneira automática.
No final das contas, de maneira geral, as piscinas naturais tendem a ser uma opção melhor em termos de saúde, porque o impacto gerado por ela, mesmo se existir, é sempre menos agressivo do que o dos produtos utilizados na limpeza da piscina comum.
No Brasil, entretanto, com suas leis engessadas e muitas vezes desatualizadas, existe a obrigatoriedade de acrescentar quantidades mínimas de cloro nas piscinas públicas, o que torna seu uso menos comum e difundido do que em locais como Europa, Ásia, Estados Unidos e Austrália. Mas é mais uma questão de paradigma a ser quebrado do que de necessidade real.
Fonte: Dicas de Arquitetura