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Orgânicos

Orgânicos, Bee or not be?

24 de junho, 2015

Por Dizy Ayala

Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado por pesticidas.

Os neonicotinoides representam uma classe relativamente nova de inseticidas e que resguardam grande semelhança química à nicotina. O primeiro e principal neonicotinóide do mundo, o imidaclopride, foi introduzindo em meados da década de 90 pela multinacional alemã Bayer. Alem de apresentarem grande potencial de contaminação ambiental, preocupante é a altíssima toxicidade que os neonicotinóides apresentam às abelhas. Para piorar esse cenário, os neonicotinóides são atualmente a classe de inseticidas mais usada no mundo. Milhões de litros são despejados nas lavouras todos os anos.
A mortandade de abelhas foi identificado inicialmente nos Estados Unidos em fins de 2006, quando apicultores relataram perdas de 30% a 90% de suas colmeias.

Lionel Gonçalves, professor da USP, criou o movimento “bee or not to be” para alertar as autoridades e o público em geral sobre o problema. “Uma previsão catastrófica de Einstein falava que, se um dia, as abelhas desaparecessem da natureza, os homens desapareceriam em seguida”, revelou.

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O uso de inseticidas e agrotóxicos é prejudicial sob todos os aspectos.

Mata insetos como a abelha, fundamental para sustentabilidade de todo ecossistema, uma vez que são as principais polinizadoras em bosques e florestas.

Mata aves como: cardeais, anus e sabiás e também pequenos mamíferos. Dentre eles: coelhos, tatus e pequenos roedores.

Levantamentos mais recentes informam que até mesmo animais selvagens como raposas, pumas e até antílopes (no hemisfério norte) tem morrido intoxicados pelo veneno contido em plantas e nas suas presas.

Há intoxicação do ar, do solo, de córregos e rios próximos às lavouras.

Sabidamente, o próprio agricultor é vítima de doenças respiratórias, por inalação, e de pele, pelo contato das mãos e pés com o solo envenenado.

Também o consumidor está exposto à doenças, pois o alimento está com veneno quando chega ao mercado.

É primordial o incentivo e compromisso com culturas livres de químicos. As produções orgânicas têm recursos naturais para o controle de pragas que preservam o meio-ambiente, a fauna, a saúde do produtor e do consumidor.

É compromisso também do consumidor importar-se com a procedência dos produtos que consome para assegurar a própria saúde e também incentivar uma produção ecológica.

O consumo de alimentos orgânicos, ou seja, sem agrotóxicos, estimula os pequenos produtores a seguir em frente. Produtores comprometidos com a agroecologia. Esses bravos heróis da resistência, que resistem às grandes corporações e sua visão de lucro a qualquer preço, à custa da saúde das pessoas e a degradação do meio ambiente!

Uma vez que o consumidor opta por esses produtos, do seu produtor local, ele fortalece uma importante cadeia produtiva.

dizzy2Prefira os pequenos produtores e os produtos orgânicos, assim você assegura sua saúde e poupa a natureza. Por mais respeito ao planeta e à todas as espécies que dividem seu lar conosco.

Em Porto Alegre, já há quatro feiras orgânicas:

Na Av. Loureiro da Silva, nº 515 às quartas-feiras, pela manhã

Na Av. José Bonifácio, 675 – Bonfim aos sábados e domingos, das 7h às 13h

Na Avenida Getúlio Vargas, 1.384, aos sábados, das 7h30 às 13h

Na Rua José Bonifácio, 1ª quadra às quartas-feiras, das 14h às 19h

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Acesse o link para demais cidades em todo o país:

http://www.slowfoodbrasil.com/textos/noticias-slow-food/504-voce-conhece-as-feiras-organicas-da-sua-cidade

Os preços são ainda um pouco mais elevados que os convencionais, porém no que diz respeito à saúde convém fazer as contas, se seu alimento é fonte de saúde, por certo não irá gastar com remédios na farmácia! Vale a pena o investimento!

E quanto mais gente consumir, a tendência é baratear. A crescente procura por alimentos saudáveis e com certificação de procedência tem se refletido também nas prateleiras dos supermercados. Há mais verduras e frutas com o selo orgânico.

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Fique atento também aos grãos!

Na impossibilidade de comprar grãos, como o arroz e feijão, com certificação de produto orgânico, vale uma dica preciosa! No cozimento dos alimentos, adicione uma pitada de cúrcuma, tempero de cor natural amarela, com propriedades que retiram a ação de metais pesados em alimentos cultivados com pesticidas.

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Dê preferência ao café e açúcar orgânicos. Esses produtos, bem como a erva-mate, costumam ter índices elevados de químicos.

A adesão de produtores brasileiros aos orgânicos cresceu cerca de 51,7% entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015. Além de alimentos mais saudáveis, os orgânicos promovem a conservação e a recomposição dos ecossistemas.

Por região, o Nordeste é o que mais possui unidades de produção, seguido do Sul e Sudeste. A área total de produção orgânica no Brasil já chega a quase 750 mil hectares.

O quanto é possível colaborar com uma economia mais ecológica e compassiva para pessoas, meio ambiente e animais? A escolha é sua!

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 Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais,
Acadêmica em Publicidade e Propaganda
Blogueira, Vegana.

Ação pelos Direitos dos Animais  no facebook http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/

Fonte: Dizy Ayala – Ação pelos Direitos dos Animais

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