Por Dizy Ayala
Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado por pesticidas.
Os neonicotinoides representam uma classe relativamente nova de inseticidas e que resguardam grande semelhança química à nicotina. O primeiro e principal neonicotinóide do mundo, o imidaclopride, foi introduzindo em meados da década de 90 pela multinacional alemã Bayer. Alem de apresentarem grande potencial de contaminação ambiental, preocupante é a altíssima toxicidade que os neonicotinóides apresentam às abelhas. Para piorar esse cenário, os neonicotinóides são atualmente a classe de inseticidas mais usada no mundo. Milhões de litros são despejados nas lavouras todos os anos.
A mortandade de abelhas foi identificado inicialmente nos Estados Unidos em fins de 2006, quando apicultores relataram perdas de 30% a 90% de suas colmeias.
Lionel Gonçalves, professor da USP, criou o movimento “bee or not to be” para alertar as autoridades e o público em geral sobre o problema. “Uma previsão catastrófica de Einstein falava que, se um dia, as abelhas desaparecessem da natureza, os homens desapareceriam em seguida”, revelou.
O uso de inseticidas e agrotóxicos é prejudicial sob todos os aspectos.
Mata insetos como a abelha, fundamental para sustentabilidade de todo ecossistema, uma vez que são as principais polinizadoras em bosques e florestas.
Mata aves como: cardeais, anus e sabiás e também pequenos mamíferos. Dentre eles: coelhos, tatus e pequenos roedores.
Levantamentos mais recentes informam que até mesmo animais selvagens como raposas, pumas e até antílopes (no hemisfério norte) tem morrido intoxicados pelo veneno contido em plantas e nas suas presas.
Há intoxicação do ar, do solo, de córregos e rios próximos às lavouras.
Sabidamente, o próprio agricultor é vítima de doenças respiratórias, por inalação, e de pele, pelo contato das mãos e pés com o solo envenenado.
Também o consumidor está exposto à doenças, pois o alimento está com veneno quando chega ao mercado.
É primordial o incentivo e compromisso com culturas livres de químicos. As produções orgânicas têm recursos naturais para o controle de pragas que preservam o meio-ambiente, a fauna, a saúde do produtor e do consumidor.
É compromisso também do consumidor importar-se com a procedência dos produtos que consome para assegurar a própria saúde e também incentivar uma produção ecológica.
O consumo de alimentos orgânicos, ou seja, sem agrotóxicos, estimula os pequenos produtores a seguir em frente. Produtores comprometidos com a agroecologia. Esses bravos heróis da resistência, que resistem às grandes corporações e sua visão de lucro a qualquer preço, à custa da saúde das pessoas e a degradação do meio ambiente!
Uma vez que o consumidor opta por esses produtos, do seu produtor local, ele fortalece uma importante cadeia produtiva.
Prefira os pequenos produtores e os produtos orgânicos, assim você assegura sua saúde e poupa a natureza. Por mais respeito ao planeta e à todas as espécies que dividem seu lar conosco.
Em Porto Alegre, já há quatro feiras orgânicas:
Na Av. Loureiro da Silva, nº 515 às quartas-feiras, pela manhã
Na Av. José Bonifácio, 675 – Bonfim aos sábados e domingos, das 7h às 13h
Na Avenida Getúlio Vargas, 1.384, aos sábados, das 7h30 às 13h
Na Rua José Bonifácio, 1ª quadra às quartas-feiras, das 14h às 19h
Acesse o link para demais cidades em todo o país:
Os preços são ainda um pouco mais elevados que os convencionais, porém no que diz respeito à saúde convém fazer as contas, se seu alimento é fonte de saúde, por certo não irá gastar com remédios na farmácia! Vale a pena o investimento!
E quanto mais gente consumir, a tendência é baratear. A crescente procura por alimentos saudáveis e com certificação de procedência tem se refletido também nas prateleiras dos supermercados. Há mais verduras e frutas com o selo orgânico.
Fique atento também aos grãos!
Na impossibilidade de comprar grãos, como o arroz e feijão, com certificação de produto orgânico, vale uma dica preciosa! No cozimento dos alimentos, adicione uma pitada de cúrcuma, tempero de cor natural amarela, com propriedades que retiram a ação de metais pesados em alimentos cultivados com pesticidas.
A adesão de produtores brasileiros aos orgânicos cresceu cerca de 51,7% entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015. Além de alimentos mais saudáveis, os orgânicos promovem a conservação e a recomposição dos ecossistemas.
Por região, o Nordeste é o que mais possui unidades de produção, seguido do Sul e Sudeste. A área total de produção orgânica no Brasil já chega a quase 750 mil hectares.
O quanto é possível colaborar com uma economia mais ecológica e compassiva para pessoas, meio ambiente e animais? A escolha é sua!
Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais, Acadêmica em Publicidade e Propaganda Blogueira, Vegana. |
Ação pelos Direitos dos Animais no facebook http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/
Fonte: Dizy Ayala – Ação pelos Direitos dos Animais