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Produção de resíduos sólidos no país deve desacelerar nos próximos anos

28 de junho, 2015

A gerente de Estratégia e Sustentabilidade da Accenture, Luisa Santiago, defende a mudança de modelo na gestão de resíduos e o fortalecimento dos catadores de resíduos recicláveis
Transformar o atual modelo linear da produção de resíduos sólidos nas cidades brasileiras em um modelo circular, capaz de projetar o impacto final de um produto desde sua concepção, é um dos grandes desafios a serem vencidos por autoridades e especialistas ambientais nos próximos anos. Com a produção de mais de 76 milhões de toneladas de lixo por ano, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), projetos e planos de ações estão em desenvolvimento para mudar a forma como os resíduos são descartados e, consequentemente, desacelerar o crescimento desenfreado e incrementar a produção de reciclagem no país.
A gerente de Estratégia e Sustentabilidade da Accenture, Luisa Santiago, é enfática ao afirmar que “é necessário avançar na visão de que o resíduo não é ponto final de uma economia, mas sim o resultado de um modelo de produção e consumo inadequados. Isso na verdade é uma anomalia, pois não existe lixo na natureza”. Ela é uma das painelistas confirmadas para o Connected Smart Cities, que acontece em agosto em São Paulo.
Um dos primeiros passos para a mudança do modelo linear para circular consiste em pensar na qualidade dos resíduos gerados nos grandes centros urbanos brasileiros. “Existe um padrão de consumo nestes centros, há qualidade para reciclar com grande potencial de geração de negócio. Hoje desperdiçamos muitos materiais e causamos impactos ambientais, uma vez que muito do que é gerado é levado para aterros sanitários ou lixões”, ressalta. Atualmente, a gestão de lixo sólido no país é focada em municípios e regiões intermunicipais, necessitando da colaboração intersetorial de empresas envolvidas com a produção de resíduos sólidos.
Luisa acredita que o Plano Nacional de Resíduos Sólidos é um dos mais modernos da América Latina e está auxiliando determinados setores da economia a desenvolver estratégias para lidar com a redução de modelo linear. A intenção é incentivar os entes envolvidos para que começassem a pensar no desenvolvimento de modelos circulares para aproveitar o potencial econômico de montantes de resíduos desperdiçados na natureza.
“Nesta transição podemos observar alguns avanços na redução da geração de resíduos, no modelo de produção, feita pelo consumidor e pela indústria de bens de consumo. É preciso pensar desde o início da linha, por exemplo, quais tipos de produtos estão sendo colocados nos mercados, os tipos de embalagens e materiais. Isso é olhar para um modelo circular e a Accenture entra com esta visão”, disse a gerente da Accenture.
Reciclagem – Ainda de acordo com a pesquisa da Abrelpe, hoje apenas 3% de todo o lixo gerado no país é reciclado. Uma particularidade na economia circular na América Latina, em especial no Brasil, é a inclusão sócio-econômica dos catadores de resíduos reciclavéis. “Temos que fortalecer esta camada que pode gerar grande potencial econômico e que não pertence aos modelos formais de economia. Além disso, os catadores podem ser responsáveis por até 90% de tudo o que pode ser recuperado em modelo de reciclagem. Precisa-se alavancar como mais uma maneira de gerar valor social e econômico”, explica Luisa.
A gerente da Accenture detalhará os métodos de transição para o modelo circular de gestão de resíduos em cidades brasileiras, bem como as ações da empresa, durante o evento Connected Smart Cities, em São Paulo (SP). Mais informações podem ser conferidas no site http://www.connectedsmartcities.com.br/index.php/programacao/
Sobre o Connected Smart Cities  – http://www.connectedsmartcities.com.br/
Em sua primeira edição, o Connected Smart Cities irá reunir empresas, entidades e governos para promover a discussão, a troca de informações e a difusão de ideias para que as cidades brasileiras possam tornar-se mais inteligentes, conectadas e subam um degrau na escala de desenvolvimento na próxima década, aproximando-se dos índices das cidades inteligentes modelos do mundo. Paralelamente ao Fórum de discussões e à area expositora, será entregue o Prêmio Connected Smart Cities e divulgado o inédito Ranking Connected Smart Cities das cidades com maiores potenciais de desenvolvimento. O evento, organizado pela Sator, acontecerá de 03 a 05 de agosto, no Centro de Eventos Pro Magno, em São Paulo, e tem como aliados estratégicos a Demarest, Urban Systems, o Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) e Neurônio – Ativação de Negócios e Causas, além do apoio de mais de 30 organizações de diversos setores atuantes nos segmentos do evento.
Via SEGS – segs.com.br

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