02 de junho, 2016
Em períodos de crise econômica, a gestão ambiental se torna um negócio economicamente sustentável para as empresas de diversos segmentos. Reduzir o consumo de água e energia, além de dar uma finalidade correta aos materiais gerados, incluindo o reaproveitamento e a reciclagem, geram economia em todas as áreas. Pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre) revelou que o setor de tratamento de resíduos industriais no Brasil deve crescer 26% nos próximos cinco anos e atingir a cifra de R$ 16,3 bilhões em negócios no país.
De acordo com Ester Silva, gerente da Lafaete Gestão Ambiental, é necessário realizar um plano de gerenciamento detalhado de acordo com o empreendimento. “Primeiramente, é fundamental analisar qual a melhor solução para tornar o empreendimento sustentável ambiental, social e economicamente. No que envolve a geração de resíduos, é preciso verificar quais são gerados, analisar a possibilidade de redução da geração e, em caso de geração, selecionar as empresas certificadas para tratamento e destinação apropriada dos resíduos”, afirma. Segundo ela, escolher uma empresa para fazer a gestão ambiental é fundamental para obter segurança dos processos e evitar que as empresas sejam corresponsáveis por ações indevidas e até autuações, principalmente pelo fato de existir a disposição final clandestina que pode proporcionar danos ao meio ambiente.
Entre os ganhos proporcionados pela implantação da gestão ambiental está a redução da geração de resíduos. Os resíduos gerados podem ser devidamente separados, proporcionando o reaproveitamento e retorno à cadeia produtiva. Segundo Ester, “o procedimento adotado pela Lafaete é coleta seletiva dos resíduos para posterior destinação em local de disposição final ou área de transbordo e triagem, para que seja feita a seleção dos resíduos, que, posteriormente, seguirão para o tratamento em destino final”. Com a implantação do plano de gestão no empreendimento, cada resíduo terá uma destinação apropriada. Há empresas que chegam a 100% de reaproveitamento, conseguindo uma economia considerável e com redução de até 30% nos custos. De acordo com ela, “o foco é orientar para que haja a menor geração de resíduos possível e, havendo geração, oferecer solução para reúso das sobras”. Mesmo em época de crise na economia brasileira, o investimento nessa área é fundamental para reduzir os gastos em outros setores.
O Grupo EPO realiza o serviço de gestão de resíduos nas obras e afirma que esse processo tem início na concepção dos projetos, em que todos são pensados para gerar cada vez menos descarte. Os colaboradores também são capacitados e conscientizados para reutilizar e reciclar na própria obra e pela segregação na fonte. “Atualmente, a Lafaete está presente em 15 obras nossas e, para esse trabalho, é imprescindível ter confiança de que o fornecedor vai transportar os resíduos gerados de forma sustentável”, declara Juliana Santos, gerente de Qualidade, Segurança e Meio Ambiente da EPO.
Na construtora Unenco, a Lafaete prestou consultoria ambiental para a elaboração e gerenciamento do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), além da coleta e destinação dos resíduos das obras e relatórios mensais. Entre os resíduos recolhidos estão madeira, metal, plástico, papel, gesso, sacaria e demais itens considerados Classe A (entulho de alvenaria, concreto, pedra). Segundo Tiago Alvarenga, diretor da Unenco, depois da implantação do Programa de Gestão de Resíduos em parceria com a Lafaete, houve uma conscientização geral da equipe. “Além dos operários passarem a prestar mais atenção nesse quesito, a equipe de gestão também mudou o conceito a respeito do tratamento dos resíduos gerados. Com os treinamentos, orientações e fiscalizações, pudemos observar que o resultado foi extremamente eficaz. Além de termos uma obra muito mais limpa e melhor de se trabalhar, o que até aumenta a produtividade, tivemos também uma redução considerável no desperdício”, explica.
Sobre a parceria, Alvarenga afirma que foi muito positiva, uma vez que a gestão de resíduos era um assunto novo para a equipe da construtora. “O conhecimento trazido pelos profissionais da Lafaete para a obra foi de suma importância para que o projeto fosse concretizado e obtivéssemos os resultados previstos”, diz.
Já na construtora AP Ponto, o trabalho de gestão ambiental é realizado pela Lafaete há dois anos e meio. Entre os serviços realizados estão a remoção de resíduos de isopor, madeira, plástico, papelão e produtos perigos. “Realizar a correta gestão dos resíduos faz parte da nossa política de qualidade, que é construir de forma cada vez mais sustentável e satisfazer nossos clientes”, acrescenta Wesley Teixeira, engenheiro da AP Ponto.