A silvicultura tornou-se o sustentáculo do setor de base florestal.
Somente em SC abriga cerca de 5 mil empresas e gera mais de 90 mil empregos. Juntas contribuem com cerca de R$ 1,63 bilhão para o valor bruto de produção no Estado.
A plantação do Pinus foi para atender às necessidades de consumo humano, assim como o do Eucalyptus, espécie também usada no País para produzir papel. Ambas ajudam a preservar as florestas nativas e a equilibrar o clima. E o mais importante em tempos de aquecimento global: com seu rápido crescimento, absorve CO2 da atmosfera em taxas expressivas.
O Pinus é uma espécie tolerante a baixas temperaturas e ao plantio em solos rasos e pouco produtivos para agricultura. Dele se origina a celulose de fibra longa, muito resistente e ideal para a fabricação de papéis para embalagens e papéis de imprensa, entre outros tipos. As árvores deste gênero ocupam 404 mil hectares, o que corresponde a 18,4% das áreas de florestas plantadas que abastecem as fábricas de celulose instaladas no Brasil. O melhoramento genético tornou o uso industrial do pinus cada vez mais viável.
De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF), as plantações de pinus cobrem 1,8 milhão de hectares do território nacional, e se destinam a diversas utilidades industriais. O manejo dessas florestas contribui para abastecer o mercado, antes atendido por espécies nativas.
O plantio florestal do pinus é, hoje, uma importante atividade produtiva do País, fonte de riqueza e desenvolvimento social, bem como de conservação ambiental. As florestas plantadas da espécie são fontes de matéria-prima para várias finalidades e contribuem para a preservação de matas nativas.
Décadas de investimento em pesquisa e melhoramento genético levaram ao aumento da produtividade das florestas plantadas, que produzem cada vez mais madeira na mesma área cultivada.
Introdução do Pinus no Brasil
O pinus chegou ao Brasil há mais de um século pelas mãos dos imigrantes europeus que plantavam a espécie para fins ornamentais. Um dos objetivos mais importantes da introdução do pinus no País foi suprir a necessidade de madeira para abastecimento industrial, destinada à produção de madeira serrada, de madeira laminada para confecção de painéis, e, também, de celulose e papel. Por volta de 1950, a espécie começou a ser cultivada em escala comercial para produção de madeira. (Fonte: Bracelpa)
Base florestal plantada em Santa Catarina
Santa Catarina possui 646 mil hectares com florestas plantadas, sendo que a grande maioria, ou seja, 83%, ou equivalente a 539,4 mil hectares é com Pinus. Já 17% (106,6 mil hectares, com Eucalyptus). Por outro lado, não se observa plantios s de significativos no estado com nenhum outro grupo de espécies comerciais.
O Estado é o segundo maior detentor de florestas plantadas de Pinus do país, atrás, apenas, do Paraná. Com isso, Santa Catarina detém 35% do total de florestas plantadas com Pinus do Brasil. Quanto ao Eucalyptus, não possui grande representatividade ao que se refere à área plantada.
A taxa de crescimento anual das florestas plantadas com Pinus está em 2,3%, com base entre os anos de 2004 e 2012, apesar da queda que vem sendo observada nos últimos anos. Para o Eucalyptus, a taxa é de 13%, o que evidencia uma desaceleração nos plantios de Pinus no Estado, seguindo a tendência brasileira, em substituição gradativa pelo Eucalyptus.
Serra Catarinense
Os plantios florestais com Pinus e Eucalyptus estão concentrados principalmente na Região Serrana, agregando principalmente os municípios de Santa Cecília, Otacílio Costa e Lages. O plantio envolve ainda parte da Região Oeste (Caçador) e Norte do Estado (Rio Negrinho). A área de Eucalyptos está concentrada principalmente, em duas grandes empresas de celulose e papel, as quais possuem plantios concentrados em Três Barras e Lages.
Clima e o solo
A excelência das condições de solo e clima para o desenvolvimento florestal caracteriza Santa Catarina como uma das regiões de destaque na silvicultura nacional. Quanto ao clima, há de se destacar a ocorrência de temperaturas relativamente baixas nos meses de inverno, mas em nada compromete o crescimento das espécies mais utilizadas de Pinus. (Fonte: Anuário Estatístico Base Florestal/2014).
Via Vida e Natureza – vidaenatureza.com.br
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