A Copa do Mundo da FIFA está com a atenção do mundo voltada para si.
O maior evento esportivo do mundo sabe que, para além do esporte, tem um enorme impacto em diversos aspectos que afetam a sociedade do País anfitrião.
Dentre o tão falado legado da Copa do Mundo, a Rússia terá um novo padrão sustentável especialmente adaptado para a certificação de estádios de futebol.
A FIFA – Federação Internacional de Futebol – já possui uma série de requisitos obrigatórios para certificação verde de todos os estádios oficiais que servem como sede dos jogos.
O novo padrão foi desenvolvido com base nestes requisitos por um grupo de especialistas que atuam para o Ministério dos Recursos Naturais e do Meio Ambiente da Rússia, com apoio do Comitê Organizador Local da Federação.
A medida foi implantada em 2016 e representa um grande avanço legislativo, garantindo que a indústria de construção do país-sede acompanhe os padrões internacionais de construção sustentável e os marcos legais vigentes para tal atividade.
Certificação sustentável
A certificação “green building” dos estádios oficiais da Copa do Mundo da Fifa 2018 leva em conta requisitos da FIFA, normas internacionais de construção e legislação russa, além de incluir conceitos de arquitetura, construção, engenharia e planos de instalações.
A certificação também engloba as especificações para normas ambientais russas, eficiência energética e compatibilidade ambiental dos locais.
Até a data de hoje, quando a FIFA dá o pontapé inicial do evento, os doze estádios já passaram por um grande processo de certificação sustentável, seja pela nova certificação dos padrões russos, seja pela certificação internacional BREEAM – como, por exemplo, os estádios Luzhniki e Spartak, em Moscou, e o Fisht, em Sochi.
As construções das arenas esportivas alinhadas com os padrões da sustentabilidade não apenas reduzem o impacto da construção no meio ambiente, mas, também, determinam o seu uso futuro de maneira sustentável, como um baixo consumo de água e energia.
“Os estádios são fundamentais em nossos esforços para organizar uma Copa do Mundo com êxito e de maneira mais sustentável. É por isso que a FIFA tornou a certificação sustentável obrigatória para todas as arenas usadas no evento”, diz Fatma Samoura, secretária-geral da FIFA.
Luzhniki: principal palco da Copa
Moscou, capital da Rússia, é a principal praça do torneio e casa do Estádio Luzhniki – que recebe a abertura e a final da Copa do Mundo.
Construído em 1956 e fechado para reforma em 2013, a reinauguração ocorreu em 2017.
Neste caso, as decisões relativas aos padrões sustentáveis e à eficiência ambiental da instalação foram incorporadas ao projeto desde os primeiros estágios.
Dentre as ações tomadas, a conservação de energia no estádio é alcançada por meio de modernos sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, reunindo todos os utilitários essenciais em um único sistema central automatizado.
A tecnologia permite que o monitoramento e o controle completos da quantidade de energia que o prédio está consumido sejam feitos com maior praticidade, de modo instantâneo e mais assertiva.
O uso de lâmpadas LED também ajuda na economia significativa de energia elétrica, que não engloba apenas o lado de dentro do estádio, mas, também, o seu entorno.
Em relação à redução do consumo de água, as tecnologias e soluções implantadas no Luzhniki permitem que centenas de milhares de litros de água sejam economizadas durante uma partida em plena capacidade operacional.
Por fim, grandes espaços verdes e um elevado número de árvores já presentes nas proximidades da arena foram preservados durante a reconstrução deste histórico estádio, que atende 81 mil pessoas em Moscou.
Mais vegetação foi plantada, como 1.050 árvores e arbustos e 15.700 metros quadrados de canteiros de flores.
“Estamos muito satisfeitos com os esforços empreendidos pelo grupo de trabalho de padrões sustentáveis da Rússia. O Comitê Organizador Local e o Ministério de Recursos Naturais e Meio Ambiente da Federação Russa e nós acreditamos que este novo padrão para edifícios sustentáveis se tornará um importante legado da Copa do Mundial da FIFA 2018”, conclui Samoura.