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Coleta seletiva completa 30 anos no país

09 de agosto, 2015

A primeira experiência brasileira sistemática e documentada de coleta seletiva teve início em abril de 1985 no bairro de São Francisco, em Niterói (RJ). Um dos grandes articuladores desse trabalho pioneiro foi o professor Emilio Eigenheer que, em 1981 e 82, estudou na Alemanha, onde se interessou pela gestão local de resíduos sólidos, e de volta ao Brasil mobilizou os vizinhos para a separação do lixo doméstico.

“Estagiárias da Universidade Federal Fluminense fizeram visitas, munidas de material explicativo, em todas as residências das áreas selecionadas.
Realizaram também, por cerca de um ano, o acompanhamento do processo, principalmente no que se refere ao relacionamento da comunidade com os empregados do então projeto, ligados ao Centro Comunitário de São Francisco”, lembra o professor Emílio. Os materiais eram recolhidos nas casas por carrocinhas manuais e em pouco tempo, com o aumento da adesão e, portanto, do volume separado, passou-se a usar microtratores munidos de carreta.

Hoje, a coleta é feita por um caminhão da Companhia de Limpeza de Niterói (CLIN) que assumiu o sistema, que já ocorre em todo o município, de forma setorizada, em dias específicos.

São recolhidas diariamente cerca de 565 toneladas de resíduos domiciliares e 200 toneladas de resíduos públicos, com índice de reciclagem que varia de 3% a 5%. Os recicláveis são doados para três cooperativas de catadores: Cooperativa de Catadores do Morro do Céu, Coopcanit e do Centro de Triagem de Recicláveis da Grota do Surucucu.

Além da coleta porta a porta, Niterói possui 22 Postos de Entrega Voluntária (PEVs) de recicláveis, 17 PEVs de óleo de cozinha e 5 de eletrônicos. “A meta de destinar corretamente os resíduos de nosso município está cumprida. Agora, queremos ampliar a quantidade dos recicláveis recolhidos e, para isso, contamos exclusivamente com a população de nossa cidade. Reciclar resíduos é cuidar do meio ambiente, é gerar empregos, com garantia de renda para muitos, e é nosso dever como cidadãos”, avalia Cláudia Neves, presidente da CLIN.

Para saber mais: http://www.niteroi.rj.gov.br/

Via Cempre – http://cempre.org.br/

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