O Brasil é um país com enorme potencial para a produção de energia solar. De olho nisso, tem investido em uma opção que deve baratear e popularizar este tipo de produção alternativa: células solares orgânicas (OPV).
O material criado no Brasil segue modelos já usados no Japão e na Europa. Seu principal diferencial é a praticidade com que pode ser fabricado e a diversidade de usos possíveis. As células solares são impressas em uma tira de plástico, usando uma tinta orgânica com capacidade fotovoltaica.
O captador é fino e flexível, por isso ele pode ser aplicado nos mais diferentes tipos de superfície. De acordo com a CSEM, as fitas de plástico podem ser instaladas em fachadas de prédios, janelas e qualquer outro tipo de superfície transparente. A energia produzida também pode ser usada para abastecer equipamentos eletrônicos, sistemas de iluminação, purificação de água, ventilação, entre outras coisas.
O potencial da OPV é extenso e os pesquisadores brasileiros preveem um mercado promissor. Anunciado em 2006, o projeto contou com R$ 70 milhões em investimentos. Agora ele está cada vez mais próximo de chegar ao mercado.
O CSEM é uma instituição sem fins lucrativos, assim sendo, o centro de pesquisas acabou de criar a sua primeira empresa, a Sunew, com o objetivo principal de produzir as tiras fotovoltaicas em larga escala e popularizar a tecnologia no mercado interno e internacional.
Em entrevista à revista Época Negócios, o presidente da CSEM, Tiago Maranhão, explicou que a produção é muito barata, se comparado às placas de silício. Ele também garante que o Brasil domina o processo de produção e, com o auxílio de uma impressora especial, a Sunew deve ser capaz de produzir 400 mil metros quadrados de OPV ao ano, sendo a maior fabricante do modelo no mundo.
Em comparação às placas tradicionais, o modelo orgânico proporciona benefícios econômicos e ambientais, já que o processo de fabricação da OPV consome 20 vezes menos energia do que os painéis de silício.
Via Consumidor Consciente – consumidorconsciente.eco.br