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Quatro inovações para limpar o ar que respiramos

25 de agosto, 2020

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano cerca de 7 milhões de mortes prematuras são causadas pela poluição do ar. São 800 pessoas morrendo a cada hora. Mas a boa notícia é que há uma crescente compreensão do público de que ações devem ser tomadas. Abaixo, quatro soluções apontadas pela ONU Meio Ambiente para vencer a poluição do ar.

Pintura especial em murais mexicanos

A Cidade do México pode ser famosa por seu smog, mas também é famosa por seus murais, e agora os dois se uniram de uma forma surpreendentemente inovadora. A iniciativa Absolut Street Trees envolve artistas pintando murais gigantes na cidade usando tinta Airlite, que purifica o ar poluído em um processo semelhante à fotossíntese.

Um dos murais – uma gigantesca árvore de 35 metros na movimentada avenida Paseo de la Reforma – foi produzido pelo coletivo espanhol Boa Mistura, enquanto os artistas mexicanos Revost e Seher One pintam outras duas obras. O projeto é apoiado pela fabricante francesa de álcool Pernod Ricard.

Quando a tinta é exposta à luz solar, o ar circundante é oxigenado através de uma reação química. Os criadores do projeto dizem que os murais devem neutralizar o equivalente à poluição criada por cerca de 60.000 veículos por ano. A tinta dura cerca de 10 anos.

A Folha BioSolar que fará o trabalho de 100 árvores

Cientistas do Imperial College, em Londres, estão colaborando com a Arborea no primeiro BioSolar Leaf do mundo – grandes painéis cobertos com minúsculas plantas que absorvem dióxido de carbono e liberam oxigênio a uma taxa equivalente a 100 árvores. O sistema de cultivo também gera biomassa orgânica da qual a Arborea extrai aditivos alimentares para produtos alimentícios à base de plantas.

O Imperial College fornecerá à Arborea financiamento para desenvolver um piloto ao ar livre no Campus White City da universidade, em Londres, para mitigar o impacto ambiental da instalação.

Quando uma árvore não é uma árvore

As paredes verdes musgosas da start-up alemã Green City Solutions, construídas sobre bancos de madeira, são o primeiro filtro de ar biotecnológico inteligente do mundo – e um espaço de boas-vindas para se sentar depois de horas andando pela cidade.

A parede é feita de uma variedade de tipos de musgo que naturalmente absorvem a poluição. O musgo é protegido por plantas que dão sombra, permitindo que ele prospere em um ambiente urbano hostil. Os painéis solares alimentam a instalação, que também coleta a água da chuva e a redistribui através de um sistema de irrigação embutido. As paredes vivas também têm um efeito refrescante nos arredores.

“A capacidade de certas culturas de musgo de filtrar poluentes como material particulado e óxidos de nitrogênio do ar as torna purificadores de ar naturais ideais. Mas nas cidades, onde a purificação do ar é um grande desafio, os musgos mal conseguem sobreviver devido à necessidade de água e sombra. Esse problema pode ser resolvido conectando-se diferentes musgos com fornecimento totalmente automatizado de água e nutrientes, baseado na tecnologia exclusiva da Internet das Coisas”, diz a empresa.

Os criadores da parede dizem que podem absorver tanta poluição quanto centenas de árvores usando apenas uma fração do espaço da terra.

No ano passado, a empresa imobiliária The Crown Estate instalou uma perto do movimentado Piccadilly Circus de Londres. O sistema também foi testado em Paris e Berlim.

Grânulos especiais para telhados

Nos Estados Unidos, o conglomerado 3M projetou grânulos redutores de smog que transformam as telhas em uma superfície de combate à poluição. Grânulos para telhados são frequentemente usados ​​para revestir telhados e proteger contra os raios UV, ajudando a manter os edifícios frescos e tornando-os menos dependentes do ar condicionado.

A 3M projetou seus novos grânulos com um revestimento fotocatalítico que é ativado pelos raios UV do sol, gerando radicais que se ligam aos produtos químicos no ar poluído e os transformam em íons solúveis em água que acabam sendo lavados.

Testes realizados pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley descobriram que um telhado de tamanho médio revestido em grânulos elimina tanta poluição do ar quanto três árvores.

“Vemos a tecnologia de redução de smog, incorporada em materiais de cobertura tradicionais, como um grande avanço na abordagem da qualidade do ar e das preocupações climáticas”, disse Jonathan Parfrey, fundador e diretor executivo da Climate Resolve, organização sem fins lucrativos.

A poluição do ar é o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente em 5 de junho de 2019.

Via ONU Meio Ambiente

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