15 de junho, 2016
Estariam os edifícios cobertos de vegetação realmente alinhados com os princípios de ecologia e sustentabilidade, ou são apenas marketing?
Esta é a questão levantada por Kurt Kohlstedt em seu ensaio Renderings vs. Reality: The Improbable Rise of Tree-Covered Skyscrapers, publicado pela 99% Invisible.
O autor aponta que projetos que fazem uso de vegetação estão em alta por uma infinidade de razões – a aparência de sustentabilidade, melhor qualidade do ar e das vistas, atrair mais investimentos etc. – mas também nota que a maior parte desses conceitos nunca sairão do papel ou da virtualidade.
Para tantos motivos pelos quais estes edifícios se tornaram populares, há tantos argumentos que sugerem que eles não podem ser construídos, incluindo obstáculos técnicos de construção, sistema de irrigação muito complexos e a própria adaptação das árvores ao ambiente.
Bosco Verticale / Boeri Studio. Imagem © Paolo Rosselli
Kohlstedt cita o projeto Bosco Verticale do Boeri Studio como uma “floresta vertical” que foi realmente construído e elogiado. O projeto recebeu diversos prêmios e honras, mas os críticos notam que a quantidade de recursos necessários para plantar e manter as árvores nas alturas ultrapassam em muito seus méritos ecológicos.
Bosco Verticale / Boeri Studio. Imagem © Paolo Rosselli
Das várias conclusões do artigo, destacam-se os comentários de Kohlstedt de que coberturas vegetais extensivas (musgos, suculentas, ervas e grama) são mais fácies de implementar que coberturas vegetais intensivas (telhados ou varandas com arbustos e árvores), e que jardins verticais podem aparentar um mérito equivalente, mas são, na realidade, elementos paisagísticos que beneficiam poucos, e não a população em geral.
Peruri 88, proposta de uma torre de 400 metros de altura do MVRDV para Jacarta. Cortesia de RSI-Studio
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