21 de março, 2017
Este prêmio é nacional, está na 4ª edição e visa premiar projetos que apresentem melhores soluções para o uso racional de recursos naturais.
De propriedade do filósofo clínico Beto Colombo e Albany Colombo, tem como responsável o arquiteto Diego Espírito Santo e como participantes a arquiteta Amanda Pamato de Souza (projeto Luminotécnico), o arquiteto paisagista Benedito Abbud, o engenheiro Mauro César Sônego e a arquiteta de interiores Vânia Marroni Búrigo.
O destaque deste projeto foi na inovação com o uso de dióxido de titânio no concreto que tem a propriedade de limpar o ar, eliminando o CO2 de 12 carros por dia, pois com a incidência dos raios ultravioletas em contato com as paredes de concreto da casa faz com que libere radicais livres que decompõem agentes poluentes atuando como um purificador natural do ar.
Além disso, a Casa 01 também tem vários outros aspectos que foram pensados, desde sua concepção, para reduzir impactos ambientais.
São eles: plano de gerenciamento de resíduos, sistema integrado de esgoto que reaproveita a água para irrigação do terreno, uso de placas fotovoltaicas e a não necessidade de climatizadores para resfriamento ou aquecimento da residência por ter sido dada atenção especial na ventilação cruzada, iluminação natural e orientação solar.
Para o arquiteto Diego Espírito Santo, fazer o projeto desta casa foi uma oportunidade de aplicar todos os conceitos de ecoconstrução e ecossustentabilidade. “Ganhar este prêmio é a assinatura de qualidade e uma forma de reforçar a importância do trabalho que estamos realizando”, destaca.
Ele acrescenta que para a região espera que seja um exemplo mostrando que é possível fazer uma obra ecologicamente correta.
“É uma sementinha plantada que pode começar a mostrar que o arquiteto é um profissional multidisciplinar e que pode transformar a vida das pessoas”, comenta. A Casa 01 está em uma área de 15 mil m².
O proprietário da Casa 01, Beto Colombo, acredita que aos poucos a conscientização vai começar a acontecer e muitas pessoas irão buscar informações e optar por este tipo de construção.
“Estar aberto ao conceito de sustentabilidade e fazer uma obra desta amplitude é uma forma de colaborar com a natureza e com as pessoas ao nosso redor, retribuindo de alguma forma o que o meio ambiente nos proporciona e também é uma maneira de melhorar a qualidade de vida”, reforça.
A arquiteta de interiores Vânia Marroni Búrigo detalha que foram usados materiais com tecnologia direcionada para a sustentabilidade em todo o interior da casa que foi possível.
Entre eles estão os rodapés de material reciclado, mobiliários fixos feitos com madeira de reflorestamento, todos os tecidos usados foram de linho e algodão que são naturais, o piso interno foi feito com madeira tratada, o bambu foi eleito como a madeira principal da casa principalmente usados nas portas internas, reutilização de móveis que já eram de uso dos proprietários, a acessibilidade da casa que foi pensada com acesso universal, entre outros, que fazem parte do conceito de sustentabilidade.