Cleanttechs – Trata-se de uma tendência de âmbito global em plena expansão também no Brasil.
É por isso que o termo vem se popularizando no meio corporativo, tecnológico e de inovação.
Boa parte das pessoas pensa que ele está relacionado apenas a modelos de energia sustentáveis, como solar ou eólica. No entanto, vai muito além disso.
Sabemos que nos dias de hoje é essencial que as empresas se preocupem com o bem-estar coletivo e o meio ambiente.
É por isso que empreendedores ao redor do mundo voltam seus olhos ao uso de tecnologias limpas, que contribuem para o desenvolvimento sustentável do planeta.
Profissionais, organizações e comunidades direcionam seus esforços para reduzir os danos ambientais e potencializar a produção de recursos essenciais para a sociedade.
E aí, ficou interessado no assunto? Então, continue a leitura. No texto a seguir, saiba o que são cleantechs, qual é a sua importância e muito mais.
Cleantech é o termo encurtado para clean technology (em português, tecnologia limpa), utilizado para definir processos corporativos voltados à redução dos impactos no meio ambiente. Comumente, as cleantechs também são chamadas de startups verdes ou tecnologia verde, em alusão às preocupações com a natureza.
Em outras palavras, são processos, produtos ou serviços que têm como foco o desenvolvimento, sem perder a característica da sustentabilidade.
O termo abraça empresas em estágio embrionário, as chamadas startups.
Por ser um modelo de negócios mais propício à inovação, saem à frente dos demais segmentos no ramo.
De acordo com a Smart Prosperity Institute, o setor movimentará 2,5 trilhões de dólares em 2022 e 3,6 trilhões em 2030 (Canada’s Next Edge, 2018). Só por esse dado já dá para perceber o quanto esse mercado é quente.
No Brasil, 29% das startups afirmam que a principal motivação para a inovação é a inspiração por uma causa. O que justifica o surgimento de tantas empresas na área (Ecossistemas de Startups de Cleantech no Brasil, 2019).
A mesma pesquisa nos traz um panorama sobre os segmentos de atuação das cleantechs.
O processo de categorização foi criado pela Kachan & Co, uma empresa de consultoria e inteligência no ramo de tecnologias limpas.
Ao todo, são oito segmentos que se dividem em subdiretórios, como demonstrado a seguir.
O Brasil é um dos grandes responsáveis pela emissões tóxicas de gases oriundas da geração de energia elétrica.
Para se ter uma ideia, em 2016 foram 423,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) emitidas por essa rede no país, de acordo com a SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa).
Isso, claro, estimula o aquecimento global.
O setor de cleantechs de energia limpa se desmembra nas seguintes categorias:
Eólica
Solar
Combustíveis renováveis
Energia dos oceanos
Biomassa
Geotérmico
Células de combustível
Resíduos
Nuclear
Hídrica.
Não adianta apenas gerar energia, é preciso armazená-la.
Hoje, existem muitas maneiras de realizar a estocagem desse recurso por meio de equipamentos integrados aos sistemas de geração.
Alguns exemplos dessas tecnologias são o bombeamento hidrelétrico, o ar comprimido, o supercondensador, os volantes de inércia, as baterias e as pilhas de combustível de hidrogênio.
As subcategorias do segmento de armazenamento de energia são:
Sistema de armazenamento químico
Sistema de armazenamento térmico
Sistema de armazenamento mecânico
Sistema de armazenamento elétrico.
Os sistemas inteligentes têm a função de gerenciamento dos mais diversos mecanismos de tecnologia verde.
Mas não é somente disso que se trata a subcategoria da eficiência. Ela é responsável por todo o segmento que visa melhorar os processos, incluindo o desenvolvimento de matéria-prima, produção de equipamentos e métodos colaborativos.
Suas subdivisões são:
Redes inteligentes
Arquitetura verde
Cogeração
Semicondutores
Sistema de consumo colaborativo.
O segmento de transportes diz respeito às tecnologias como carros híbridos e elétricos, mas também se relaciona à área administrativa.
Apesar de ainda engatinhar no Brasil, esse é um dos setores de maior sucesso com relação a cleantechs ao redor do globo.
As tecnologias limpas no segmento de transporte se dividem em:
Veículos
Gestão de tráfego
Infraestrutura de abastecimento e carregamento.
A preservação do meio ambiente é uma das prioridades para empresas do ramo de cleantechs.
Nesse sentido, há preocupação com a emissão de poluentes, mas também do aproveitamento de todos os recursos de maneira sustentável.
As subseções do segmento são:
Sequestro de carbono
Mercado de carbono
Controle de emissões
Biorremediação
Reaproveitamento de resíduos
Monitoramento e conformidade.
O setor industrial também precisa se preocupar com a energia limpa.
Em 2020, a indústria brasileira fechou o ano com uma queda de produção de 4,5% em função da pandemia de COVID-19 (Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2021), principalmente nas atividades de veículos automotores, confecção de artigos do vestuário e acessórios e impressão e reprodução de gravações.
No entanto, com a finalização dos processos de vacinação e consequente imunização da população, espera-se que volte a avançar nos anos seguintes.
No ramo de cleantechs, as subdivisões dessa categoria são:
Inovação em materiais
Inovação em design
Inovação em equipamentos
Processos produtivos
Monitoramento e conformidade
Embalagem ecológica.
A água é um dos bens mais valiosos de nossa sociedade.
Por isso, não foi esquecido pelo ramo das cleantechs.
Ao redor do mundo, muitas empresas nascem com a preocupação com relação aos recursos hídricos, bem como as atividades oriundas de sua aplicação.
Esse segmento é composto por:
Produção
Tratamento
Distribuição
Eficiência no uso da água
Monitoramento e conformidade.
Por fim, temos o ramo da agricultura, que toma conta de um dos maiores setores econômicos em um país vasto como o Brasil.
Alguns exemplos são a agricultura de precisão, tratamento de sementes e a rotação de culturas.
Esse segmento é segmentado em:
Cultivo
Agricultura em ambiente controlado
Silvicultura sustentável
Criação de animais
Aquicultura.
A importância da tecnologia limpa é inegável.
Mas você já parou para se perguntar as razões?
Não é de hoje que o setor corporativo se preocupa com as questões ambientais.
Desde a década de 1950, as corporações já estimulavam ações para o crescimento econômico sustentável. Com o tempo, não apenas a reutilização de recursos se tornou prioridade, como também atitudes preventivas.
Nos anos seguintes, essa tendência não apenas se confirmou, como ganhou força entre os consumidores.
Agora, mais do que nunca, tais atividades são essenciais para melhorar a reputação de um negócio.
Afora isso, a aplicação de técnicas para potencializar o uso de energia, da água e das matérias-primas é um passo importante rumo à globalização de iniciativas colaborativas.
É muito comum que os clientes tomem a decisão entre um produto e outro baseando-se nas preocupações ecológicas do vendedor. Afinal, ninguém quer gerar lucros para empresas que causam danos ao bem-estar coletivo.
Trata-se da famigerada responsabilidade social. Nesse cenário, as tecnologias verdes representam não apenas uma oportunidade de crescimento, mas também uma chance de ajudar o planeta.
A tecnologia é a maior fonte de inovação nos dias de hoje.
Graças a isso, ao redor do mundo existem muitas cleantechs em franca ascensão, em uma aliança entre dois dos elementos que representam o futuro dos negócios: a ciência e as causas sociais.
A seguir, conheça algumas das revolucionárias fintechs do Brasil. Certamente, você conhece algumas delas.
No mercado desde 2009, a TNS Nanotecnologia tem como objetivo estimular tecnologias para a promoção da saúde e do bem-estar.
Com foco em soluções baseadas em química sustentável, oferece produtos como fertilizantes, antimicrobianos, antivirais, antibacterianos e antifúngicos para o mercado B2B.
A Caronear investe no segmento de aplicativos para promover ações colaborativas.
A ideia se baseia na redução do número de veículos transitando nas ruas por meio de um conceito antigo: as caronas.
O objetivo da Trashin é o correto direcionamento de resíduos para reutilização. Em outras palavras, reciclagem.
A empresa atua com consultoria, planejamento e sistemas de gestão de resíduos, além de atividades voltadas à logística reversa. A promessa do negócio é que haja uma redução do desperdício por meio da inteligência de mercado aliada à tecnologia.
A Sensix, por sua vez, foca na tecnologia de drones para recolher dados para a agricultura.
As máquinas realizam a inspeção do terreno, tornando possível a realização de análises apuradas para que os administradores tomem decisões inteligentes em prol do meio ambiente.
Focada na construção das cidades inteligentes (smart cities), a Stattus4 é uma startup do ramo hídrico.
Sua principal função é coletar, monitorar e utilizar dados estruturados de maneira certeira, otimizando assim a utilização do recurso.
Não resta dúvidas de que as cleantechs ainda têm muito a contribuir para o mundo.
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