28 de dezembro, 2021
A Multinacional Toyota afirmou novamente que os carros a hidrogênio podem extinguir o mercado de gasolina, tendo em vista que além de mais sustentáveis, geram diversas vantagens aos condutores.
Mesmo que o hidrogênio seja uma fonte que pode ser proveniente de fontes renováveis, não significa que se trata de uma solução totalmente renovável, como acontece com o Mirai, carro à célula de combustível que a multinacional Toyota começou a vender em Portugal este ano. Entretanto, a montadora japonesa, que vem buscando explorar diversos caminhos em termos de soluções de mobilidade, como o uso de carros a hidrogênio, acredita que se pode reduzir muitas emissões de gases poluentes se, no lugar da gasolina, os consumidores começarem a utilizar motores a combustão com hidrogênio.
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A tecnologia de um motor de combustão que não utiliza gasolina, e sim, hidrogênio ainda está na fase de evolução e testes. Apesar de não ser uma novidade, a BMW, por exemplo, desenvolveu o Hydrogen 7 entre 2005 e 2007, assente nos mesmos princípios.
Entretanto, o Toyota Corolla Sport com esse tipo de mecânica já está entrando em alguns eventos de automobilismo no país de origem da marca, com emissões de poluentes praticamente nulas, e este mês, a multinacional apresentou o GR Yaris também com motor de combustão a hidrogênio.
Os experimentais GR Yaris e Corolla Sport utilizam o mesmo motor G16E-GTS, 1.6 litros, de 3 cilindros em linha, que se encontra instalado no GR Yaris, entretanto com sistemas de alimentação e de injeção de combustível adaptados para utilizar hidrogênio no lugar da gasolina.
Segundo a multinacional Toyota, que fez o Fórum Kenshiki, em Bruxelas no início deste mês com o intuito de apresentar as novidades do grupo, que inclui a Lexus, e mostrar qual a direção do futuro da mobilidade, o hidrogênio entra em combustão de forma mais rápida em relação à gasolina, o que resulta em uma resposta melhor do motor, ao mesmo tempo, em um bom desempenho ambiental, sem descartar as sensações acústicas que são uma característica única dos motores a combustão interna.
Entre as vantagens, está a oportunidade de levar uma tecnologia que permite uma redução enorme de emissões de carbono em áreas onde se prevê uma instalação tardia de energias renováveis. Os carros a hidrogênio, além do abastecimento rápido, possuem uma tecnologia requerida muito mais econômica em comparação com a gasolina.
Por outro lado, a aposta representa um desafio na distribuição de hidrogênio, além levar em consideração que a produção desta energia não é livre de emissões, dependendo de como é realizada a eletrólise.
No que diz respeito ao futuro nos países europeus, a multinacional Toyota garante que dará fim à fabricação de veículos com motores a combustão interna até 2035, seja qual for a energia utilizada. Para isto, planeja começar a vender apenas carros elétricos, por células de combustível ou por carregamento externo, cujos módulos de segunda geração, mais leves e compactos, começarão a ser produzidos em Bruxelas.