A Porsche acaba de revelar o Mission E, um novo automóvel esportivo totalmente eléctrico. Tem potência equivalente a 600 CV, autonomia superior a 500 Km e carrega a 80% em 15 minutos, sem fios.
A Porsche apresentou o conceito futurista Mission E. Vai ser uma das estrelas no Salão de Frankfurt que abre portas na quinta-feira e se encerra dia 27 de setembro. A casa de Stuttgart preparou uma forte campanha de comunicação para lançar o seu primeiro esportivo de quatro lugares exclusivamente eléctrico. Neste momento é apenas um protótipo mas a marca anunciou que pretende iniciar a produção em série nos próximos cinco anos. Portanto não chegará ao mercado tão cedo, deixando ainda caminho livre para o crescimento da Tesla, a precursora deste (ainda) nicho de mercado.
O aspeto sensual e agressivo confirma a alma de esportivo e as performances anunciadas também. O Mission E acelera de 0 a 100 Km/h em menos de 3,5 segundos e consegue atingir velocidades superiores a 250 Km/h. O sistema de potência eléctrico gera 440 Kw — cerca de 600 CV — sendo o primeiro na indústria automóvel a funcionar com 800 Volt. A Porsche alega uma autonomia superior a 500 Km com um carregamento completo, sendo que o Mission E pode atingir uma carga suficiente para percorrer 400 Km em apenas um quarto de hora. O automóvel carrega sem fios bastando estacionar em cima da base de carregamento por indução instalada na garagem. Mas também pode utilizar a rede eléctrica convencional e os pontos de carregamento urbanos.
Apesar da posição manifestada pelo CEO da Porsche, o concept agora apresentado é o primeiro sério candidato a retirar o título de melhor desportivo ecológico do Tesla Model S. Certo é que o pioneirismo da empresa fabricante de automóveis elétricos sediada na Califórnia, hoje liderada por Elon Musk, tem funcionado como estimulante para os grandes construtores. O primeiro Roadster capaz de andar em auto-estrada, com autonomia para mais de 320 Km, chegou ao mercado em 2008. Como na fábula, a Tesla tem sido a lebre no meio das tartarugas. Só o crescimento da economia e a evolução do mercado não-poluente poderão ditar o futuro e a rapidez com que lá se chegará. Mas há cada vez menos dúvidas de que este é o caminho.
Fonte: Observador por Nelson Pitacas
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