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Energia

Número de microusinas de energia no Brasil quase triplica em 2015

08 de novembro, 2015

Um peso pesado do orçamento das pessoas e das empresas tem sido a conta de luz. Só em 2015, ela já ficou 50% mais cara. E isso acabou incentivando consumidores a produzir a própria energia.

A arquitetura do restaurante mostrado no vídeo já aproveita bem a luz natural. Além disso, as lâmpadas são de led, mais econômicas que as tradicionais. E o melhor: 70% da energia usada para iluminar o ambiente é produzida lá mesmo. O vídeo mostra a casa de força, para onde vai a energia da estação eólica, movida pelo vento – e ainda tem placas fotovoltaicas, que transformam a luz do sol em eletricidade.

“A gente consegue armazenar em algumas baterias e suportar toda a iluminação do espaço, que já foi adaptada com lâmpadas de led. Isso já gera uma redução no consumo de energia”, afirmou Bruno Guimarães, empresário.

Nos dias em que o restaurante não usa toda a produção da microusina, parte dela é enviada à rede da concessionária de energia de Minas Gerais. É bom para o bolso de quem produz a energia, bom para a natureza, porque não tem impacto ambiental e bom para o sistema de abastecimento de energia elétrica, porque o que sobra lá pode ser aproveitado na rede. É a chamada geração distribuída, de micro e miniusinas, que vem crescendo num ritmo impressionante.

Eram 422 usinas assim, no país, em dezembro de 2014. O número chegou a 1125, em outubro de 2015. Os estados com maior quantidade são Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A Aneel estuda mudanças que podem aumentar esse número, como autorizar a geração distribuída em condomínios.

“Vale a pena, muito, para o consumidor residencial urbano – esse, vale a pena. Nós estamos pagando uma tarifa elevadíssima em todo o país, principalmente com a bandeira vermelha, então, vale a pena, sim”, disse Antônia Cardoso Diniz, pesquisadora da PUC-MG.

O Luís Felipe calculou: recupera o investimento em seis anos, e a miniusina vai durar 25 anos. Agora, ele só usa energia da concessionária à noite. Toda a eletricidade consumida durante o dia, vem do sol. É tanta energia gerada que dois terços vão para a rede, na rua. A sobra vira crédito que vale por três anos e pode ser abatido em contas de luz de imóveis registrados com o CPF do Luís Felipe. Resultado: na casa onde fica a miniusina e num apartamento, ele só paga a taxa mínima e a taxa de iluminação pública.

“A gente reduz a nossa despesa e ainda pode aproveitar esse valor com outras coisas que a gente gostaria de fazer realmente. O Brasil é um dos países que mais tem sol no mundo. A gente tem que aproveitar esse potencial”, defendeu Luis Felipe Lima, empresário.

(Fonte: G1)

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