25 de setembro, 2015
Em meio aos bons ventos proporcionados pela energia eólica no Brasil nos últimos anos, a multinacional americana de tecnologia General Electric (GE) comemorou recentemente a entrada em operação do milésimo aerogerador no país. A turbina está instalada em Caetés, Pernambuco.
“Este marco também traduz a competência e o desempenho desta indústria, que é extremamente tecnológica e que agrega tanto valor e inovação à indústria nacional”, destacou Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). “No cenário atual de crise econômica, é um dos poucos setores de atividade, ao lado do agronegócio, que está em franco desenvolvimento”, ressaltou a executiva.
O Brasil tem ampliado a participação desta fonte renovável na matriz energética. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente são 264 empreendimentos para a geração de energia eólica em operação. O país tem um potencial on shore (em terras) de 500 GW, e conta hoje com 7,1 GW instalados na matriz elétrica nacional. Em julho, a produção de energia eólica no Brasil alcançou o recorde de produção em um único dia, quando foram gerados 2.989 megawatts (MW) médios, segundo o Informativo Preliminar Diário emitido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Foto: Divulgação
Desafios eólicos
Entre os desafios para um desenvolvimento ainda mais amplo desse segmento no Brasil destacam-se os gargalos de infraestrutura, tais como questões logísticas de transporte e de transmissão de energia, e as condições de financiamento.
Um dos anos mais marcantes para o setor no país foi 2014, quando foram adicionados aos sistema 2,5 GW de potência instalada – o Brasil atingiu o 10º lugar no ranking de capacidade instalada e o 4º no de potência acrescida. “Neste ano, o Brasil também foi considerado um dos países mais atrativos para investimentos em energia renovável, com destaque para o Relatório da Bloomberg New Energy Finance chamadoClimatescope 2014 que classificou o país como o 2º mais atrativo mundialmente e o 1º neste ranking para a América Latina e Caribe”, lembrou Gannoun.
Na lista de comemorações do setor estão também as contribuições para o aumento da presença de energia limpa na matriz (1,8% do total) e o impacto social da implantação de parques eólicos pelo país – que geralmente ocupam terras arrendadas por famílias de pequenos produtores rurais.