A captação de energia das marés é feita por lâminas que giram, à semelhança das hélices que se movem com o vento, só que instaladas sob o mar. As usinas de marés são mais previsíveis do que as movidas a vento, já que o movimento das águas tem precisão de relógio. Com a utilização em grande escala, as marés também fornecem energia mais barata do que os ventos. Isso porque a densidade da água é muito maior que a do ar, e assim as turbinas subaquáticas se movem bem mais lentamente para produzir a mesma quantidade de energia.
O governo dos EUA está financiando com US$ 16 milhões o desenvolvimento de 17 projetos de utilização de energia das marés. Um relatório do Departamento de Energia americano identificou um potencial de geração anual de 1.400 terawatts-hora por ano. Apenas um terawatt-hora é capaz de abastecer 85 mil lares. O Instituto de Pesquisa em Energia Elétrica prevê que, no futuro, 10% das necessidades energéticas dos EUA poderão ser supridas com tecnologia submarina.
Potência escocesa
O governo do Reino Unido também tem grandes expectativas, com a instalação de um conjunto de unidades de produção de energia das marés que deverá prover 120 megawatts em 2020. O maior potencial está na Escócia. A região do canal de Pentland é considerada o melhor lugar do mundo para o aproveitamento da energia das marés e poderá suprir metade das necessidades escocesas no futuro (cerca de 1,9 gigawatt).
É uma grande oportunidade para empresas como a GE, que está testando turbinas geradoras submarinas e outras tecnologias correlatas nos litorais da Escócia e do País de Gales. Está pronta para produzi-las em escala e destiná-las ao canal de Pentland, onde serão instaladas a profundidades de 500 a 700 metros.
Fonte: Revista Galileu
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