24 de outubro, 2021
Os aviões movidos a hidrogênio poderão ser realidade em breve e já existem empresas com projetos bem avançados — e inusitados. Um dos mais curiosos é o Green & Fly (G&F), projeto da belga Akka Technologies, que traz design futurista e composição leve de fuselagem para tornar as viagens mais econômicas e, claro, menos poluentes, principal meta do setor aeronáutico para os próximos anos.
No caso específico do G&F, o foco será a eficiência energética e a capacidade de levar uma quantidade razoável de passageiros a curtas distâncias. Segundo a empresa, quando pronto, o avião poderá transportar até 30 pessoas por até 500km, o suficiente para trajetos regionais e até urbanos, já que a aeronave se enquadra como um STOL, ou seja, a decolagem demanda pouco espaço para ser realizada.
“Estou extremamente orgulhoso de nossos engenheiros, que criaram este conceito de aeronave que estamos revelando. A Green & Fly mostra a experiência significativa da Akka em tecnologias emergentes e limpas, solidificando nossa posição como parceira para nossos clientes enquanto eles fazem a transição para produtos e soluções mais sustentáveis. Estou convencido de que o hidrogênio é uma das tecnologias mais promissoras, abrindo caminho para uma nova era na indústria da aviação, entre outros”, disse Mauro Ricci, presidente do conselho e CEO do grupo Akka Technologies, em comunicado à imprensa.
Além do pouco espaço, o G&F vai demandar poucas mudanças na infraestrutura de aeroportos e cidades para sua operação, sendo necessária apenas a criação de módulos de abastecimento com hidrogênio. Além disso, os trens de pouso da aeronave serão utilizados para a recuperação energética, otimizando o uso do combustível para o transporte e geração de energia para os propulsores elétricos e não para outras funções eletrônicas do veículo.
Logo de cara, percebe-se que o Green & Fly é um avião diferenciado. Isso porque a Akka desenvolveu um design completamente inovador e que promete ser um divisor de águas na indústria aerospacial. As asas são no formato romboidal, comumente chamado de “diamante”. Segundo a empresa, elas geram arrasto induzido nas pontas de asas, fenômeno que acontece pela diferença de pressão entre a parte superior da asa e a parte inferior.
A Akka Technologies ainda não informou quando esse avião será lançado comercialmente, tampouco sobre o início da produção.
Fonte: Akka Technologies