Imagem: Uol Carros
Uma cena clássica que ficou da memória de muitas pessoas que gostam de cinema e que viram os filmes da franquia “De Volta para o Futuro” é quando se descobre que o DeLorean, icônico carro do Doutor Brown, é abastecido com nada mais do que lixo doméstico, incluindo cascas de banana, restos de cerveja e até lata.
Pois parece que agora a realidade tenta imitar a ficção. Pesquisadores já testam tecnologias que permitem com que os carros sejam abastecidos com esgotos e outros tipos de lixos produzidos e que tenham uma grande quantidade de determinados tipos de dejetos. E o Brasil é um dos países que já está testando esta inovação.
Na verdade, não estamos falando do esgoto propriamente que vai fazer com que o motor do carro consiga colocar o veículo para funcionar, mas sim algo que acaba sendo produzido a partir destes dejetos e que se chama biometano. Essa versão refinada do biogás é extraída diretamente da matéria orgânica que esteja passando pela fase de decomposição.
O mais impressionante é que este tipo de tecnologia não exige grandes mudanças no veículo. Apenas exige que sejam instalados equipamentos que se chamam Biodigestores. Esse gás gerado pode abastecer qualquer carro que tenha um kit GNV, que praticamente todo mundo conhece.
A grande diferença entre o gás que as pessoas costumam colocar no veículo de quem possui o kit e o gás que pode ser coletado a partir dos dejetos em decomposição e o fato de que o primeiro tem origem fóssil, a mesma de onde sai a gasolina e o diesel. Já a segunda opção pode ser considerada como um gás renovável.
Em termos de regulamentação, já existe uma geral que foi criada pela ANP (cia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), sendo que ela foi redigida no ano de 2015. Mas mesmo assim o produto ainda não pode ser encontrado nos postos. Mas diversas empresas e entidades já estão fazendo testes.
Existem determinadas companhias que atualmente estão trabalhando na sua própria versão de biometano que seriam utilizados para abastecer os carros que são utilizados dentro das suas estruturas, como a Sulgás e Itaipu Bionacional.