25 de outubro, 2018
Participantes vão aprender na prática sobre a abundância da Natureza e como desenhar um módulo agroflorestal no Sítio Pau d’Água no feriado de 2 a 4 de novembro
Que tal aprender a transformar uma área degradada em uma floresta cheia de vida, capaz de produzir diversos tipos de alimentos? Mais do que isso: que tal olhar para uma área verde e aprender a comunicação que existe entre as plantas? O permacultor Bento Cruz vai ensinar sobre o ciclo de abundância que existe na Natureza no Curso de Agrofloresta Sintrópica, no Sítio Pau d’Água, em Piracaia, a apenas 90 Km de São Paulo, no feriado de 2 a 4 de novembro. “É possível plantar alimentos sem destruir a Natureza”, afirma Cruz. O foco desta edição será no cultivo de árvores de ciclo longo, como nozes e castanhas. A autonomia de alimentos é um alento para os tempos sombrios em que vivemos.
A Agrofloresta Sintrópica (ou Agricultura Sintrópica) é um conjunto de princípios e técnicas que integram em uma mesma área, a produção de hortaliças, frutas e madeira nobre. A Agrofloresta Sintrópica é a prova da generosidade da terra, pois é capaz de curar um solo degradado, praticamente sem vida, e transformá-lo em uma floresta que produz alimentos de forma eficiente e otimizada.
Os participantes vão criar uma Agrofloresta Sintrópica do zero em um canteiro com foco em árvores perenes. Para isso, aprendem a fazer a leitura da paisagem. A presença de braquiária pode ser uma indicação do solo ácido, por exemplo. Usam, na prática, os princípios da agrofloresta, como sucessão natural (sequência de espécies que são plantadas para revigorar o solo até virar uma floresta), estratificação (quais plantas ocupam determinado espaço para melhor aproveitamento da luz solar) e senescência (manter a floresta sempre jovem com podas).
Em seguida, prepararam o solo com compostos e desenham os canteiros, de acordo com os princípios da agrofloresta.
Haverá aula de poda e manejo de três safs criados nos cursos anteriores.
Um novo tema vai ser apresentado neste curso: a Inteligência Agroflorestal, que significa compreender a dinâmica e funcionamento das espécies e da floresta e, com isso, fazer uma leitura dos elementos que compõem o fazer agroflorestal. “É um exercício de observação e intuição”, afirma Bento.
O método permite a recuperação de áreas degradadas, protege o meio ambiente e ainda gera renda ao pequeno produtor. O sistema promete ser uma alternativa à monocultura do agronegócio, que depende de agrotóxicos e desmatamentos para produzir.
Os sistemas agroflorestais podem auxiliar na conservação dos solos, das microbacias e áreas florestais. Dessa maneira o homem consegue se inserir no ambiente e passa a aprender com a natureza em vez de entrar em conflito ou destruindo-a. “É uma grande oportunidade do homem voltar a ser querido pela natureza e ter uma função importante para o planeta”, diz Bento. “Ela promove o despertar de um novo olhar, um novo entendimento da prática agrícola.”
O permacultor Bento Cruz é discípulo de mestre Tupinambá, permacultor indígena, pioneiro em Agrofloresta ao lado do suíço Ernst Gotsch. Ele tem percorrido o Brasil, auxiliando as pessoas que querem deixar as cidades para morar de forma sustentável na roça. A Agrofloresta é um dos caminhos mais viáveis, pois começa a produzir alimentos já no segundo mês.
O Sítio Pau d’Água é um Centro Coletivo de Cultura que tem o objetivo de colaborar com a construção de um novo Imaginário Social. São 3 alqueires, sendo que quase metade está sendo reflorestado. Conta com duas nascentes e mais de 3 mil árvores foram plantadas nos últimos 2 anos.
Curso de Agrofloresta Sintrópica
2 a 4 de novembro
Valor (incluso todas as refeições): R$ 390 (sem hospedagem), R$ 420 (camping), R$ 450 (alojamento), R$ 550 (quarto na Ecovila Clareando)
Inscrições: cursos@kaminaricomunicacao.com.br
Whatsapp: 11-97130-3335
Via Sítio Pau D’água