O consumo de industrializados ricos em sódio, açúcar, gordura e conservantes oferece inúmeros riscos à saúde. Então, já está mais do que na hora de apostar em uma alimentação sustentável. Quem ganha é você, a agricultura e o meio ambiente.
Celebrado neste domingo, 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação aborda o tema “O clima está mudando: a alimentação e a agricultura também”, levantando uma reflexão sobre o impacto que a produção e o consumo de alimentos industrializados podem causar ao meio ambiente.
Além disso, levanta a discussão sobre uma possível escassez de comida no futuro. Isso porque alguns estudos projetam que a população mundial será de 9 bilhões de pessoas em 2050 e, para acompanhar esse número, a produção de alimentos vai ter de aumentar 60% .
Por isso, incentivamos uma alimentação sustentável, com alimentos in natura e orgânicos. Fique longe também de enlatados, congelados e comidas embaladas em plástico e isopor. Para produzir essas embalagens, os fabricantes gastam muita energia.
Evite industrializados. A maioria contém excesso de sódio, gordura e conservantes.
A alimentação sustentável, contudo, é um estilo de vida que pressupõe hábitos muito simples, mas importantíssimos para as populações de todas as idades, como optar por alimentos orgânicos certificados de pequenos produtores.
Tente ainda reduzir o consumo de carnes, já que os animais abatidos costumam receber antibióticos enquanto vivos. Consequentemente, você acabará consumindo essas substâncias. O uso de antibióticos promove o desenvolvimento de bactérias cada vez mais resistentes, colocando em perigo a saúde pública.
Em março, por exemplo, a PROTESTE participou da campanha global contra o uso de antibióticos na carne e enviou ofício às principais redes internacionais de fast-foodque atuam no Brasil para que assumam compromisso de não servir carne de animais tratados com esses medicamentos.
PROTESTE pediu que redes de fast-food assumam o compromisso de não usar carnes de animais tratados com antibióticos.
Mas uma medida imprescindível é acabar com o desperdício de alimentos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), mais de 1 bilhão de toneladas de alimentos são jogados fora anualmente no mundo. E o Brasil está entre os dez países que mais desperdiçam. Mas é possível frear essa realidade.
Os restos de arroz podem virar deliciosos bolinhos. Você ainda pode preparar receitas usando folhas de cenoura, talos de beterraba, cascas de batata, sementes de abóbora e entrecascas de melancia, por exemplo.
Preocupada com os riscos à saúde que alguns alimentos oferecem, a PROTESTE avalia constantemente a qualidade nutricional e higiênica de diversos tipos de produtos alimentícios. Nosso papel é difundir conhecimento para que você possa escolher produtos mais saudáveis, seguros – ou seja, que não ofereçam risco de intoxicação e contaminação – e ainda pague preços justos.
Por isso, nossos estudos sempre incluem a avaliação da qualidade dos produtos e serviços que se encontram em alta no mercado como tapiocas, food trucks, barras de cereais, além de avaliar produtos com propriedades nutricionais como azeites, peixes e leites fermentados.
PROTESTE avaliou barras de cereais recentemente e encontrou baixo teor de fibras em alguns produtos.
Muita gente não sabe, mas acidentes de consumo também podem ser causados por alimentos. É isso mesmo! Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), produtos alimentícios estragados ou contaminados respondem por 9% dessas ocorrências, sobretudo intoxicações. O alimento pode conter micro-organismos que se desenvolveram durante o transporte ou em função do armazenamento incorreto. Neste caso, o fabricante é o responsável pelos danos que o consumidor sofrer.
Para comprovar o acidente, é necessário juntar o maior número de provas, como laudo médico de intoxicação e sua causa, nota fiscal do produto adquirido ou do restaurante onde o alimento foi servido. Se possível, o produto deve ser guardado para perícia judicial. Caso suspeite que tenha sofrido uma intoxicação, procure nosso Serviço de Defesa do Consumidor, ligando para 0800-201-3900 (de telefones fixos) ou (21) 3906-3900 (de celulares), para que você receba alguma orientação.
Via Proteste!