Economizar papel é uma das primeiras bandeiras levantadas por empresas quando querem se dizer “verdes”. Faz sentido já que é bastante fácil colocar em prática e ainda reduz custos para a empresa, como aliás costuma acontecer com muitas iniciativas de foco ambiental embora poucos percebam isso.
Fazer anotações no próprio computador, ao invés do papel, ler documentos sem imprimir, salvar comprovantes bancários no computador e não impressos, enfim, as formas são muitas, mas, ao contrário do que se dizia há alguns anos, o computador não reduziu o consumo de papel, pelo contrário, o crescimento é constante. Pensando nisso, a empresa estadunidense TreeZero diz ter encontrado uma alternativa “100% amiga das árvores”
Ao invés de cortar árvores, o papel “TreeFrog” é produzido com fibra de cana-de-açúcar, ou seja, a sobra da extração do açúcar ou etanol. Além disso não utiliza cloro e exige de 10 a 15% menos produtos para o embranquecimento. Como um bom papel que preze pela sustentabilidade, o TreeFrog é reciclável através dos mesmos processos utilizados em papéis comuns de eucaliptos ou pinheiros. O produto ainda não está disponível no Brasil.
Enquanto a matéria prima vier da sobra da cana-de-açúcar já plantada para extrair etanol ou açúcar, não há o que se questionar. A dúvida fica a partir do momento em que áreas forem plantadas com a intenção de produzir este papel.
Uma árvore (eucalipto ou pinheiro) pode demorar até 10 anos para chegar a fase de corte, enquanto a cana se renova a cada dois anos, ou seja, cinco vezes mais produção. Será? Suponho que 1m² de terra para plantio de eucalipto produza algumas vezes mais que 1m² de cana-de-açúcar, e precisaríamos ainda pesar o potencial de absorção de CO2 das duas opções durante a fase de crescimento e o impacto no solo. Não tá fácil pra ninguém ser eco…
por Juan Lourenço
Cara de pau desgraçada! vai derrubar tudo que é árvore pra plantar cana!!!!
Se o eucalipto leva dez anos para a fase de corte e a cana leva 2 anos logo a cana produz 5 vezes mais em 10 anos e absorve mais CO2. Mias uma vez tem que ser EUA. Esse país já produz etanol a partir de resíduos vegetais além da cana e milho. Normalmente são países como EUA, Alemanha, Japão, Coreia e alguns nórdicos produzindo produtos com tecnologia de ponta enquanto o Brasil insiste em ser terreiro dos outros com a agroindústria e mineradoras. Segmentos que só produzem destruição do ambiente e miséria. Mais uma vez o Brasil perde por não ter raça e vontade de produzir novas tecnologias e renovar a matriz econômica.
Disse tudo Leonardo. Vamos continuar sendo um país subdesenvolvido enquanto a cabeça dos nossos governantes e desse povo votante não investir em peso em EDUCAÇÃO!!! Nós temos fome do novo!! De aprender… chega dessas bolsas miseráveis!
Caro Juan
veja que já temos no Brasil uma empresa que faz o mesmo:
http://www.gcepapeis.com.br/index.php/sustentabilidade/porque-o-papel-de-cana-de-acucar-e-um-produto-sustentavel.html
Vejo esta uma tecnologia uma grande oportunidade para um novo empreendimento no segmento de agronegócios. Suponho que o bagaço de cana possa ser usado para este fim após a utilização na produção de açucar e /ou bebidas.
Esta ao meu ver é a grande vantagem deste produto/método sobre a indústria tradicional de celulose.
Mas uma pergunta onde vão plantar a cana? Pois é eles vão cortar as árvores pra isso, conheço uma parte enorme do estado de São Paulo que não tem um árvore pra contar a história , só cana a perder de vista …sem contar as queimada…é complicado mas estamos longe e cada vez mais longe de uma solução……O plantio de cana acaba não só com as árvores,, com a fauna , a flora e a história de um lugar, e no final rios de dinheiro enchem os cofres e pra nós tudo vira queimada……
Interessante… vocês viram que aqui no Brasil uma menina de 17 anos inventou um isopor biodegradavel a partir do bagaço da cana tbm?
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/inovador-isopor-biodegradavel-nasceu-na-escola-9aqx364kxyugzwo5vjb9qy0m4