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Calçadas, ciclovias e muito verde: revitalização de Lisboa inicia em março

16 de fevereiro, 2016

Praça Duque de Saldanha: sai estacionamento, entram passeios

Obras no eixo central da cidade, até 2017, vão privilegiar o pedestre, tirando áreas de estacionamento. E o custo (7,5 mi de euros) é menor do que o previsto.

A capital portuguesa está prestes a passar por profundas transformações urbanísticas e paisagísticas: até 2017, serão realizadas obras que farão de Lisboa uma cidade mais verde, com mais passeios, mais praças e, consequentemente, um lugar com mais gente e menos carros.

A requalificação do eixo central da cidade, entre Picoas e o Saldanha, deve iniciar em meados de março e terminar no início de 2017. A proposta é da Câmara de Lisboa, que  investirá 7,5 milhões de euros, valor menor do que os 9,4 milhões de euros avaliados inicialmente na licitação, explica a autoridade responsável pelo urbanismo da autarquia, Manuel Salgado. Também se previa que as obras durassem um ano, mas o prazo baixou para nove meses, adiantou o autarca.

O projeto integra o programa “Uma praça em cada bairro” que prevê intervenções em 30 pontos da cidade, sobretudo praças, mas também jardins e avenidas.

Nesta etapa, com foco dos trabalhos voltado à área central, serão reabilitadas as avenidas da República e Fontes Pereira de Melo, com a criação de novos espaços verdes, ciclovias e ampliação dos passeios.

A proposta terá ainda de ser aprovada pela Câmara nesta quarta-feira (17), quando serão discutidos os termos do contrato do consórcio executor das obras. A partir da aprovação na Casa, faltará o visto do Tribunal de Contas, explicou Salgado: “Nossa expectativa é que o visto do Tribunal de Contas demore cerca de um mês, a partir de quando começamos a obra”. Ele estima que os trabalhos tenham início entre março e início de abril.

Projeto

Na Avenida da República, a proposta inclui mais árvores, passeios largos com locais de descanso e esplanadas, além de uma ciclovia unidirecional. Já na Praça Duque de Saldanha, serão reorganizadas as áreas verdes e pontos de táxis.

A nova ciclovia prossegue pela Avenida Fontes Pereira de Melo, acompanhada por um corredor de árvores e um longo passeio, com divisória nas áreas centrais garantindo mais espaço para os pedestres.

Hoje este local está tomado por estacionamentos de carros, que devem ser reduzidos ou eliminados. Como alternativa aos moradores que paravam ali os seus veículos, a municipalidade busca acordo com as empresas de estacionamentos subterrâneos para concessão de preços mais reduzidos a estas pessoas.

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Picoas, onde haverá mais passeios e ciclovias, e redução do espaço para carros. Imagem de projeto (Reprodução)

Planejamento 

Durante o tempo de execução dos trabalhos, o responsável pelas Obras Municipais  afirmou que serão adotadas medidas para reduzir os impactos negativos da obra. Segundo Salgado, haverá “três frentes” de planejamento, começando em um dos lados da Avenida da República, entre Entrecampos e a Avenida Elias Garcia. A intervenção prossegue em seguida nos dois sentidos da Avenida da República, entre as avenidas Elias Garcia e o Saldanha, e na Avenida Fontes Pereira de Melo, entre o Marquês de Pombal e o Saldanha. Por último, será a vez da Praça Duque de Saldanha.

“Só depois de concluído o espaço de separação central da via é que se intervém nas laterais”, garantiu. Tudo para permitir que, mesmo durante as obras, “seja sempre possível circular naquela região”, assegurou o autarca.

Via Mobilize

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