13 de agosto, 2016
Maria Vitória Valoto não é nenhuma atleta olímpica, mas pode trazer uma grande conquista para o Brasil ainda em 2016. Aos 16 anos, ela é a primeira brasileira a conquistar uma vaga na final do concurso anual Google Science Fair. A adolescente criou uma cápsula que reduz a lactose do leite, tornando-o consumível para quem não é tolerante à substância.
Natural de Londrina, no Paraná, a jovem teve a ideia a partir de estudos que comprova que uma alta porcentagem de pessoas de vários países não produzem em seus organismos a enzima necessária para digerir o leite de forma adequada. No Brasil, mais de 50 milhões de pessoas sofrem com o problema, muitas delas sem saber.
Para piorar, o preço do produto sem lactose é elevado, mesmo com o custo de produção não sendo alto. Até mesmo outras alternativas mais simples, como leite de soja ou de amêndoa também não são viáveis financeiramente.
Dessa forma, a ideia do projeto intitulado “Leite sem lactose para todos” era produzir uma capsula que pudesse neutralizar a bebida sem diminuir seus componentes nutritivos e no conforto da própria residência. Depois de várias tentativas, Maria conseguiu criar uma capsula reutilizável que funciona a partir de temperaturas até 37 ºC que neutraliza a lactose até mesmo de produtos com baixo teor de gordura por até sete dias.
Depois de garantir a vaga na final, a jovem de Londrina irá concorrer ao prêmio de vencedora da feira de ciências do Google com outros 15 projetos de mais 8 países (Estados Unidos, África do Sul, Índia, Singapura, Zâmbia, Malásia, Bangladesh e Arábia Saudita) desenvolvidos por jovens de 13 a 18 anos. O vencedor leva uma bolsa de estudos no valor de US$ 50 mil.
Vale lembrar que apesar de Maria ser a primeira a disputar a final do prêmio principal da maior feira de ciências para adolescentes no planeta, outros brasileiros já obtiveram sucesso no concurso em outras categorias. João Gabriel Stefani e Letícia Pereira, de Fortaleza, no Ceará, venceram recentemente a etapa da América Latina da Google Science Fair com uma semente que transforma água suja em potável.
Via Olhar Digital por Rodrigo Loureiro