O híbrido da Toyota vai além da economia de combustível: quarta geração garante maturidade ao modelo.
Minha primeira impressão a bordo do Toyota Prius, cerca de quatro anos atrás, foi a de conduzir um carro que preza o consumo de combustível, porém, desengonçado e pouco atraentre no visual. Dessa vez, a bordo da quarta geração do híbrido, que desembarcou no Brasil em junho de 2016, a conquista foi imediata. Por R$ 119.950, além de levar um carro que chega a fazer 30 km/l, você terá também um modelo agradável para se guiar, com bom espaço interno e oferta de equipamentos que satisfaz.
O design continua controverso, mas está mais coerente que o do antecessor. E foi pensado para oferecer o melhor em consumo de combustível que, segundo o Inmetro, tem o mais econômico do País (com gasolina, na cidade), com a marca de 18,9 km/l em trecho urbano e 17 km/l na estrada, lembrando que na rodovia é mais alto pois é lá onde o bloco a gasolina opera de maneira isolada.
De série, o Prius traz ar digital de duas zonas, aquecimento dos bancos, sistema start stop, regulagem do volante em altura e profundidade, sistema multimídia com bluetooth, GPS, TV digital e DVD, câmera de ré, head up display (projeção de infos do carro no para-brisa), carregador de celular sem fio, sete airbags, pilto automático, controle de estabilidade e de tração.
Como um vinho
O tempo fez bem ao Prius. Originado a partir de uma nova plataforma, o modelo de 4,54 m de comprimento, 1,76 m de largura, 2,70 m de entre-eixos e 1.440 quilos mostra que motor a gasolina mais bateria mais câmbio CVT e direção elétrica podem conversar de forma harmoniosa e direta, sem engasgos ou falta de força em saídas e retomadas. Até acelerações vigorosas são respondidas com agilidade. E, claro, o sorriso no rosto se confirma com marcas de consumo acima de 20 km/l em condução urbana. E dá para ir além, acreditem. Basta aprender quando operar os quatro modos de condução oferecidos: Normal, Power, Eco e EV. Cada um deles pode ser escolhido em uma determinada situação de rodagem, sempre com o objetivo de ter a melhor eficiência possível.
Na geração anterior, a visibilidade traseira era prejudicada pela disposição do vidro bipartido do para-brisa. A solução continua atualmente, mas a divisão entre eles é mais sutil e há mais área envidraçada. O pênalti está nos detalhes: a posição do volante que, mesmo no limite, ainda fica baixa, o acionamento do freio de estacionamento por pedal e a tecnologia touch do sistema multmídia: padrão Toyota, pouco intuitivo e com demora na resposta ao toque dos dedos.
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Como ele economiza?
A escolha pelo funcionamento da bateria de 72 cv (16,6 kgfm) ou pelo motor 1.8 de 98 cv de potência (14,2 kgfm) é feita por meio de um gerenciamento eletrônico. De uma forma resumida, até 40 km/h, o carro funciona de forma elétrica (o carregamento da bateria é feita durante as frenagens, quando se tranforma a energia cinética em elétrica), entre 40 km/h e 70 km/h, o uso é misto (a potência combianda é de 123 cv) e, a partir daí, o motor a gasolina entra em operação.
Todo o processo de troca de propulsão é mostrado no computador de bordo. Dá para ver quanto a bateria foi carregada, quanto se gastou de comsbutível e de que forma o motorista pode ser mais econômico na condução. No modo elétrico, o Prius, de tão silencioso, toca um bip quando a ré é acionada e, dessa forma, tomar a atençaõ do condutor em relação a pedestres que possam estar em volta e não tenham ouvido a aproximação do veículo.
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Via ICarros por Anelisa Lopes
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