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Ofensiva americana para salvar os polinizadores

27 de maio, 2015

A Casa Branca anunciou na última terça-feira um plano nacional para salvar sua população de abelhas e, por tabela, a agricultura dos Estados Unidos, dias após a divulgação de que os apicultores americanos perderam 42% de suas colônias no ano passado. A estimativa, a segunda pior já registrada no país, foi divulgada pelo Departamento de Agricultura dos EUA no dia 14 de maio.

A nova iniciativa visa tornar grandes extensões de terras federais, como as margens de rodovias, mais hospitaleiras para abelhas e outros polinizadores, como as também ameaçadas borboletas monarca, além de ampliar os gastos com pesquisa e discutir a possibilidade de impor uma redução no consumo nacional de herbicidas.

“Os insetos polinizadores  são essenciais para a economia nacional, a segurança alimentar e o meio ambiente”, declarou John Holdren, um dos principais assessores científicos do presidente, durante o anúncio. “Só a polinização por abelhas é responsável por mais de US$ 15 bilhões em colheitas agrícolas anuais no país”.

O governo americano está trabalhando em conjunto com os governos do México e do Canadá para criar corredores por onde estes insetos possam circular livremente, sem estar sujeitos à ameaça de agroquímicos e à expansão urbana ou agrícola, já que boa parte dos insetos a proteger tem rotas de migração que passam por esses países. As margens da rodovia federal Interstate 35, que vai do sul do Texas ao estado de Minnesota, na fronteira com o Canadá, corredor de migração de borboletas monarca, vai receber proteção especial. Essa iniciativa específica tem um orçamento de US$ 3,2 milhões, a ser administrado pelo Fish and Wildlife Service, encarregado da conservação de espécies nos Estados Unidos. Em linhas gerais, estas e outras áreas federais serão coalhadas de flores silvestres, para que os insetos tenham acesso a alimento durante os períodos frios e na fase de reprodução.

Os ambientalistas saudaram a iniciativa, mas criticaram o governo Obama por não restringir a produção e o uso de agroquímicos neonicotinóides, que vêm sendo associados à crescente mortandade de abelhas .

Fonte: De lá pra cá – Página 22

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