Água da chuva passa por filtro de carvão mineral e é reutilizada.
Equipamento custou cerca de R$ 700 para ser desenvolvido.
O aluno do terceiro ano do ensino médio José Porto Puccini, de 17 anos, criou um equipamento que está ajudando sua escola a economizar água. Ele desenvolveu um sistema de captação de da chuva que permite abastecer os banheiros, regar os jardins e limpar o pátio.
A água é coletada por calhas instaladas nos telhados da Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Marcos Uchôas dos Santos Penchel, em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo. Até aí, é mais um entre muitos projetos de captação e reaproveitamento pela chuva.
O diferencial é que, depois de recolhida, a água passa por um filtro com carvão mineral, brita e areia. “Esse material tira o odor da água e a deixa mais apropriada para o reuso”, conta o professor de química Bethoel Hummel Fernandes, que ajudou o aluno a criar o projeto.
Implementada na escola em fevereiro deste ano, a ideia foi escolhida para ser apresentada na exposição científica Infomatrix 2015, em Lages, Santa Catarina – uma espécie de eliminatória nacional para credenciar estudantes a participar de eventos internacionais.
O professor ainda não fez o cálculo exato de quanta economia o equipamento gerou, mas ele estima que já houve uma economia de cerca de 3 mil litros – em torno de 2% do que a escola consome normalmente. “Nosso gasto mensal com água beira os R$ 6 mil”, explica.
O equipamento individual com carvão mineral custou cerca de R$ 700 para ser desenvolvido, segundo Fernandes. Ele considera o sistema barato, mas pequeno para a escola, que tem 800 alunos.
O próximo passo é construir mais duas unidades na escola para abastecer, também, o banheiro dos professores. “Precisamos de mais equipamentos, porque apenas um não é suficiente para”, diz.