Os oceanos representam 72% do planeta Terra, contêm mais de 97% de sua água e produzem metade do oxigênio que respiramos. De uma extensão de 360 milhões de quilômetros quadrados, 95% é inexplorado, desconhecido e invisível aos olhos humanos. Já o restante (5%) é, em grande parte, poluído.
A poluição produzida pelos humanos sempre foi uma ameaça ao meio ambiente e, particularmente, aos oceanos. Mas o cenário nunca foi tão grave como nos dias de hoje. Estima-se que 5,25 trilhões de pedaços de plásticoestão contaminando as águas oceânicas, totalizando 269 mil toneladas de resíduos.
Um número crescente de organizações tem apresentado esforços para reduzir o problema da poluição dos oceanos Segundo estimativas recentes, 5,25 trilhões de pedaços de plástico estão contaminando as águas do planeta, o que vem a totalizar aproximadamente 269 mil toneladas de resíduos.
Embora os oceanos estejam enfrentando uma situação bastante crítica — sendo ameaçados por fatores como pesca excessiva, aquecimento global e acidificação (diminuição do pH nos oceanos) –, um número crescente de organizações tem apresentado esforços para reduzir o problema.
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Proteger as águas do planeta se tornou prioridade para uma série de organizações, que não estão medindo esforços para solucionar reduzir a poluição oceânica. No post de hoje, a redação do Futuro Exponencial selecionou três organizações que estão lutando para salvar nossos oceanos:
O Seabin Project foi fundado pelos surfistas Andrew Turton e Pete Ceglinski, que decidiram largar seus empregos para criar “lixeiras flutuantes” capazes de coletar lixo, óleo, combustível e detergentes. Os seabins capturam em torno de 1,5 quilo por dia, o que representa cerca de meia tonelada de detritos por ano.
Com a missão de livrar os oceanos do planeta da poluição, a organização tem instalado as lixeiras flutuantes em portos, marinhas e outros pontos importantes. No entanto, o projeto acredita que a solução para a poluição oceânica passa, necessariamente, pela educação e pela mudança sistêmica.
Já a Recycling Technologies desenvolveu uma tecnologia revolucionária que transforma resíduo plásticos em um hidrocarboneto com baixo teor de enxofre. A empresa recentemente arrecadou £ 3,7 milhões e espera melhorar a capacidade de reciclagem de plástico em todo o mundo até 2027.
Em síntese, os resíduos plásticos são convertidos em um óleo valioso (denominado Plaxx) que pode, então, ser usado para criar mais plástico, fechando seu ciclo de vida do “berço ao túmulo”. Logo, a empresa está contribuindo tanto para limpar os oceanos quanto para aprimorar os processos de reciclagem.
Fundada por Boyan Slat, The Ocean Cleanup desenvolveu uma tecnologia para erradicar os plásticos que poluem os mares de todo o planeta. A organização pretende começar a limpar o Great Pacific Garbage Patch, no Oceano Pacífico Norte, que abrange a maior coleção de detritos marinhos do mundo.
A ideia principal do projeto consiste em deixar as correntes oceânicas fazer todo o trabalho. Uma rede de telas em forma de “U” será responsável por coletar o plástico flutuante a um ponto central. O plástico concentrado poderá, então, ser extraído e enviado à costa marítima para fins de reciclagem.
Embora a poluição oceânica seja definitivamente um grande problema a ser resolvido — sendo, acima de tudo, um desafio global –, ela é, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade de negócio para organizações, empresas ou startups, como afirma o empreendedor e futurista Peter Diamandis:
Os maiores problemas do mundo são
as maiores oportunidades denegócios do mundo. — Peter Diamandis
A acurácia da afirmação parece encontrar eco. Hoje, diversas organizações estão buscando proteger as águas do planeta, ao mesmo tempo que tentam ganhar espaço neste novo mercado. São elas: Nature Conservancy, Lonely Whale Foundation, Surfrider Foundation, Oceana, The Blu, 5 Gyres e Take 3.