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Alimento orgânico na escola: agora é lei

27 de setembro, 2015

Foto: Crianças fazendo refeição em escola no interior de Santa Catarina (© Alan Azevedo / Greenpeace)

Haddad sanciona projeto que obriga a inclusão de alimentos orgânicos nas merendas escolares do município de São Paulo; são mais de 1 milhão de refeições por dia

Um importante passo foi dado no dia 18 de março de 2015, na promoção de uma agricultura limpa e saudável. O prefeito da cidade de São Paulo Fernando Haddad aprovou o Projeto de Lei 451/2013, que prevê priorizar o uso de alimentos orgânicos produzidos no próprio município, principalmente os oriundos da agricultura familiar, nas merendas escolares do sistema de ensino público da cidade.

Trata-se de uma grande vitória para a população de São Paulo e o movimento de promoção da agricultura orgânica. Articulado pela Plataforma de Apoio à Agricultura Orgânica na Cidade de São Paulo, formada por cerca de 30 entidades, o projeto é um exemplo de responsabilidade com a saúde e a educação das crianças, além de incentivar a produção livre de veneno e transgênicos.

“Medidas como essa são essenciais para garantir a demanda por produtos limpos e saudáveis, uma vez que São Paulo é o maior restaurante do mundo – são mais de 1 milhão de merendas por dia só na rede de ensino público do município”, explica Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de agricultura do Greenpeace Brasil.

A implementação de alimentos orgânicos nas merendas será feita de forma gradativa até que todas as unidades escolares forneçam produtos orgânicos. O texto do projeto deixa claro a intenção da nova lei: “produtos orgânicos são livres de agrotóxicos, em regra prejudiciais à saúde dos consumidores, especialmente em idade escolar, e podem trazer sequelas irreversíveis se consumidos habitualmente, como é o caso da merenda escolar”.

Vuolo lembra que a aprovação do Projeto de Lei traz também outro benefício de extrema importância. “Isso pode inclusive mudar a relação das crianças com a alimentação e com o meio ambiente. Essa lei ajudará a formar cidadãos mais conscientes de seus atos e suas escolhas, como os alimentos que consomem”, conclui ela.

Greenpeace

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