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Descubra as estratégias de sustentabilidade usadas no Parque Olímpico da Barra

17 de agosto, 2016

Além de vivenciarem o clima dos Jogos, durante os passeios no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, os visitantes desfrutam de uma estrutura onde a construção e a manutenção sustentáveis foram priorizadas.

O Comitê Organizador não apenas cumpriu as exigências do Comitê Olímpico Internacional.

Foi além: obteve a certificação ISO 20121, em que são estabelecidos critérios de sustentabilidade em eventos, e passou a integrar um grupo seleto de empresas com esse reconhecimento internacional.

Para Tânia Braga, gerente geral de sustentabilidade, acessibilidade e legado do Comitê Rio 2016, além de “atestado público de boa gestão”, o certificado mostra que as ações que focam em sustentabilidade são resultado de escolhas certas, tanto em ações internas quanto em locais de competição, mas partem mesmo da fiscalização de fornecedores.

“Podemos mostrar para o mundo que cumprimos o que foi proposto.”

Para entender por que o Parque Olímpico tem uma estrutura inovadora na área de sustentabilidade, imagine-se desembarcando próximo ao Parque.

Observe o entorno.

A Barra da Tijuca virou sede desse evento porque é em direção a esse bairro que vem acontecendo a expansão da cidade do Rio de Janeiro.

Essa região tende se valorizar, e o plano de legado para essa região prevê que após Jogos as edificações sejam utilizadas pela população.

De longe, dá de ver que a estrutura é grande. 

Durante as obras, resíduos foram reaproveitados e reciclados. 

Carrinhos de golfe estão disponíveis para deixar pessoas com deficiência e mobilidade reduzida bem próximas das instalações de competição do Parque.

Lá dentro, também existem cadeiras de roda, serviço de condução e tomadas para recarregar cadeiras motorizadas.

Conferido o caminho, você entra no Parque. 

À direita, está o Centro Olímpico de Tênis.

Ali, as áreas fechadas são refrigeradas com controle de qualidade do ar para que se evite desperdício de energia.

Os animais também estão sendo cuidados por perto.

Quem passar por lá essa semana terá a chance de ver uma mamãe quero-quero chocando seus ovos, cercada pelo olhar atento e vigilante do papai quero-quero. 

O Parque conta com espécies nativas de Mata Atlântica, adaptados ao clima da região.

Em frente à arena de Tênis está o Velódromo.

A construção é grande, mas pode ser reduzida ou ampliada, dependendo do número de espectadores.

Ciclistas percorrem a pista oval de madeira certificada.

O material vem de uma cadeia produtiva sustentável, e não contribui para o desmatamento ilegal.

O mesmo acontece com os demais itens de origem florestal dos Jogos: 40 mil camas, 120 mil criados mudos, 80 mil mesas, caixas de medalhas, os pódios, e até os papéis.

E se você estiver assistindo a uma competição em dia de chuva, tem mais uma curiosidade: a água que escoa pelo telhado é distribuída para a irrigação dos gramados do Parque.

Agora vamos caminhar até as Arenas Cariocas.

A via por onde você caminha é feita com pavimento drenante, o que permite a infiltração da água até o solo.

Se você estiver passeando à noite, também pode notar que apenas lâmpadas de LED são utilizadas no projeto.

Se por um lado o custo para a instalação é mais alto do que o das lâmpadas comuns, por outro lado, o custo da manutenção e da conta de luz são menores e mais vantajosos.

Avistou as três Arenas? Durante os Jogos Rio 2016, essas estruturas recebem competições, mas depois que o evento terminar, servirão de arena multiuso, ginásio experimental olímpico e centro de treinamento.

Nesse local, a chuva também é aproveitada, as placas solares aquecem a água, e uma tela metálica na fachada permite que o ar circule e os espectadores tenham conforto térmico.

Durante o dia, ainda há iluminação natural que favorece a iluminação no interior das arenas, aliviando o consumo de energia elétrica nos refletores.

Por fim, estão o Centro Aquático – feito de estrutura que pode ser desconstruída e reaproveitada, e composta por 10 mil orifícios para a ventilação de ar natural e consequente economia de energia – e a Arena do Futuro, o ginásio de handebol.

Esse último já tem um destino certo: é desmontável e será usado para a montagem de quatro escolas na cidade do Rio.

Terminado o tour, nada melhor do que um lanche, e o lixo terá a destinação correta.

A divisão adotada entre orgânicos e recicláveis é simples, e os resíduos recicláveis são encaminhados a cooperativas de catadores. Saindo do Parque Olímpico, dê mais uma olhada no entorno.

Próximo dali, está o Centro de Transmissão dos Jogos (IBC).

É uma estrutura grande, com capacidade para atender até 25 mil jornalistas do mundo todo, e também desmontável.

Passaporte Verde

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