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Professores se unem para construir mini vila sustentável em São José, SP

16 de janeiro, 2016

Ecovila deverá ser construída na zona oeste de São José dos Campos.

Moradores vão produzir os próprios alimentos e erguer casas ecológicas. Casas terão sistema de captação de água da chuva e energia solar.

Em busca de um novo estilo de vida, um grupo de professores universitários se uniu com o propósito  de construir uma mini vila sustentável que privilegie a vida em comunidade em São José dos Campos, no interior de São Paulo. As casas devem começar a ser construídas em abril de 2016.

Batizada de Ecovila, no local vão morar 20 famílias compraram um terreno de 50 mil metros quadrados na zona norte – longe da agitação das outras regiões da cidade.

Lá, eles pretenm viver rodeados por uma escola, onde pretendem disseminar o conhecimento sobre sustentabilidade e de uma área verde onde vão produzir alimentos orgânicos. A ideia é utilizar energia renovável e erguer construções ecológicas.

O engenheiro e professor universitário de Taubaté Ademir Morelli é um dos idealizadores do projeto que está em fase inicial. Ele explica que a vila deverá proteger uma nascente que está no terreno e utilizar recursos naturais para captação da água da chuva para abastecer as residências.

Todas as casas deverão ter ainda sistema de captação de energia solar e um sistema de energia gerada pelo vento deverá ser instalada na vila. “O que promovemos é um padrão de consumo mais coerente com as condições do planeta. Uma ‘simplicidade voluntária’, uma vida com menos bens e valorização do ser. Com certeza é um desapego que nem todos estão preparados para viver”, completa o professor.

Comunidade do Bonete, em lhabela, recebe projeto de energia solar (Foto: Divulgação/Elektro)

Comunidade do Bonete, em Ilhabela, já faz capitação de energia solar. Imagem: reprodução/G1

As casas devem ser construídas em esquema de mutirão, privilegiando primeiramente as famílias que ainda vivem de aluguel em São José e Taubaté. O primeiro grupo, com cerca de três famílias, deve mudar para o local no 2º semestre do próximo ano. Para erguer as estruturas, eles garantem que não vão fazer intervenções no relevo do terreno.

Para gerar renda para o condomínio, eles pretendem ainda construir um hotel no local, com o mesmo conceito de sustentabilidade.

Uso do espaço
O professor explica que as áreas onde cada família vai viver não serão demarcadas e as entradas das casas serão feitas sem ordem imposições, de forma que cada família aproveite melhor o espaço e disposição de cada projeto de residência.

A Ecovila privilegiará ainda as áreas de convivência comum de seus moradores, como as áreas de lazer. Além de compartilhar os alimentos orgânicos cultivados, os vizinhos querem compartilhar serviços e até os bens materiais, como os carros.

O grande objetivo e motivação do grupo é viver a mudança social e política que ensinam nas salas de aula, promovendo um modelo de consumo mais simples, que valoriza ainda a convivência entre as pessoas.

“Queremos uma mudança de padrões para influenciar as gerações futuras, pois o modelo de vida hoje está esgotado. A sociedade precisa repensar seu modelo de ocupação. Queremos que as experiências aqui sejam reproduzidas em outros lugares do Brasil e do mundo”, ressaltou o professor de arquitetura Flávio Mourão, que pretende morar na ecovila com a esposa.

G1

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