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Belo Horizonte pode ganhar sistema de carros elétricos compartilhados

04 de janeiro, 2016

Startup mineira cria projeto para oferecer alternativa ao transporte e reduzir emissão de poluentes. Prazo para entrega dos estudos da solicitação de concessão é janeiro de 2016

Enquanto taxistas e motoristas do aplicativo Uber travam uma disputa sobre a legalidade do transporte de passageiros, uma proposta alternativa pode chegar a Belo Horizonte. A startup mineira Compact Moby desenvolve um projeto para o fornecimento de veículos de uso compartilhado na capital. O serviço será semelhante ao Bike BH, bicicletas que podem ser utilizadas através de um aplicativo no smartphone.

O Compact Moby terá uma frota de até 50 veículos, alojados em estações espalhadas pela cidade. O usuário interessado deverá se cadastrar pela internet ou através do aplicativo disponível para celulares e tablets. O condutor tem que possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B em dia.

Para retirar o veículo, o motorista deverá fazer um check-in e mostrar a CNH na estação. Para dar a partida, é necessário um código que o usuário receberá por SMS no smartphone. A rede de estações será estabelecida em pontos estratégicos, para incentivar que os motoristas deixem os carros particulares em casa. O preço para utilizar o serviço ainda está em estudo.

“A nossa visão é ser um modelo complementar ao atual sistema e capaz de mudar os hábitos dos motoristas no dia-a-dia. Para reduzir os impactos do trânsito as cidades usarão cada vez mais as tecnologias, as soluções integradas e alternativas inovadoras”, afirmou Danilo Prado, diretor da Compacty Moby, ao Portal Vrum.

Sistema terá estações em pontos estratégicos para incentivar que motorista deixe o carro em casa - D%u2019Prado / Fillipe Souza / Divulgação

Sistema terá estações em pontos estratégicos para incentivar que motorista deixe o carro em casa

Modelo ecológico

O veículo a ser utilizado ainda não está definido e a empresa estuda opções de modelos chineses e franceses. O carro compartilhado será de pequeno porte e com motor elétrico elétrico. Os estudos de viabilidade também passam pela cotação do dólar e uma solução de fornecedor nacional não está descartada.

Os carros serão recarregados nas estações, com autonomia de até 5 horas ou 100 quilômetros. A velocidade máxima não deverá passar dos 70 km/h. “Atualmente a taxa de ocupação dos carros é de 1,4 pessoa por carro e em 90% do tempo é de 1 pessoa. Ou seja, um veículo que ocupa uma área média de 10 m2, transporta uma pessoa. A nossa ideia é melhorar essa relação e aumentar a disponibilidade infraestrutura existente, além de reduzir a emissão de gases tóxicos”, comenta Prado.

O Compact Moby está em fase de ‘manifestação de Interesse’ junto a Prefeitura de Belo Horizonte. A empresa tem até janeiro de 2016 para entregar os estudos e solicitação de concessão. Depois desse prazo, o município vai avaliar e definir qual modelo do sistema de compartilhamento de veículos.

“O sistema de Car Sharing é uma tendência mundial e funciona de forma similar ao compartilhamento de bicicletas. Nosso modelo será adaptado para o trânsito, a cultura e as características de cada cidade do nosso país. Belo Horizonte não é diferente das demais e os problemas de trânsito estão se tornando, cada vez mais, um problema de saúde”, completa Danilo.

Recife, Curitiba e Paris

A experiência de veículos compartilhados já é realidade em outros lugares. Na França, desde 2011 o serviço é oferecido sob o nome AutoLib. Em 2013 chegou a Lyon e no ano passado inicou as atividade em Bordeaux.

No Brasil, a primeira cidade a oferecer serviço é o Recife (PE). O ‘CarroLeve’ fez os primeiros testes em dezembro de 2014 e desde setembro deste ano opera com três carros para deslocamento somente num bairro da região central da cidade. Já Curitiba (PR), publicou nesta terça-feira edital para convocar empresas interessadas em prestar o serviço na capital paranaene.

AutoLib já é realidade em Paris desde 2011 - Benny Cohen/EM/D.A Press

AutoLib já é realidade em Paris desde 2011

Estado de Minas

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